terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Natal

Nesta altura do ano ouvimos muitas queixas (eu infelizmente não fujo à regra e espero com inicio na data de hoje, deixar de me queixar, tanto, aqui em casa). 

São inúmeras as histórias que se reformulam e circulam sobre a importância do Natal, que a maioria das pessoas já nem celebra da forma certa, que é um consumismo, que nos esquecemos que é o nascimento de Jesus e tudo em volta desta questão.

Esta atitude generalizada de quem muitas vezes se considera num nível superior ou espiritual, ou até mesmo intelectual começa de facto a irritar-me.
Começo a ter vontade de realmente carregar num botão "dislike" sempre que no meu ecrãn aparece algo, altamente moral e igualmente piegas.

Na escola das miúdas (como já referi imensas vezes) existem 32 nacionalidades distintas. Algumas delas (e ainda que seja uma escola católica) são mulçumanas, como tal nesta altura não celebram estas festividades. 
Há dias em conversa com uma das mães perguntava-lhe como era, o que é que ela achava de tudo isto? Achava exagerado? Um festival? 
A resposta foi super simples, estamos a falar de uma familia mulçumana com 4 crianças, que me disse adorar a festa do Natal. Adoram as luzes e os enfeites. Adoram a alegria que facilmente se vê nas ruas. Adoram que se assista de facto a um aumento da generosidade nesta altura e que se reflecte muitas vezes na forma como nos tratamos mutuamente. Adoram tanto que compram uma pequena prenda para dar às crianças, algo muito simbólico, dizia-me ela, mas algo de partilha.

Sim, eu sei, esta família é só uma e talvez muito enraizada já nas tradições irlandesas. Mas gostei tanto de ouvir.
Porque para esta família Jesus de facto não tem importância nenhuma, mas ainda assim nós todos e porque celebramos o seu nascimento, conseguimos mostrar o melhor da celebração do Natal.



quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

a soma das partes...

Tudo o que se tem escrito e reescrito sobre Mário Soares nos últimos dias tem me feito pensar muito na forma como avaliamos as pessoas.


Os políticos são no geral mais difíceis de avaliar, ou melhor é nos mais difícil avaliar o bem que possam ter feito em sobreposição com o mal. Porque nos é mais fácil fixar o mal e porque muitas vezes esse mesmo mal nos afecta. 

Queiramos ou não Portugal teve bons políticos (certamente ainda os tem, infelizmente muitos deles passaram a preferir não se fazer notar). Queiramos ou não nomes como Mário Soares, Cavaco Silva, Freitas do Amaral, Álvaro Cunhal e tantos outros, vão ficar na historia, vão constar dos livros, como marcos de mudanças.
Nenhum destes políticos, está isento de acções negativas.
Álvaro Cunhal que a maioria considera um verdadeiro comunista, tem para mim essa característica como maior defeito, o que impossibilitou o partido comunista em Portugal de evoluir como aconteceu na maioria da Europa.
Cavaco Silva podia, para mim, ficar na historia como um excelente politico, se não tivesse sido o presidente da republica que decidiu ser (ou não ser), aqui fico indecisa sobre a sua caracterização.
E o mesmo sobre Mário Soares.
Políticos perfeitos que me lembre não existe em lado ou tempo algum, porque simplesmente não existem pessoas perfeitas.
Lembro-me de ter tido uma conversa há pouco tempo sobre o que é um bom trabalhador. E claro, para caracterizarmos um bom trabalhador enumerados adjectivos, o que nos leva a tornar muitas vezes quase impossível que alguém o seja.
Mas a verdade é que existem bons exemplos. 


Muitas vezes esquecemos que o todo é sempre maior que a soma das partes.

Eu, já fui má trabalhadora, já fui má amiga, má mulher, má filha, má irmã, má mãe (desconfio que nesta ultima ainda vou ser muitas mais vezes má), mas continuo no fim a considerar que sou boa pessoa. Porque quero e gosto de acreditar que não são as acções individuais que nos constituem, mas o resultado de todas elas juntas.

Devíamos deixar de estar constantemente a analisar o mal de cada um e passar a tentar “copiar” o bem que cada um nos inspira, e nos mostra.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

dramas femininos

Esta casa tem muitas mulheres e como tal existem dramas femininos que vão passar a ser uma constante.

A minha Madalena padece de uma característica feminina muito comum, a insatisfação sobre o seu guarda fato.

Ou seja, ainda que ela tenha várias combinações possíveis, ela acha sempre que tem pouca roupa.
Ainda que nunca queira comprar roupa igual à da irmã e muitas vezes faça questão de dizer-lhe que a roupa que esta escolhe é "pirosa", pede constantemente para usar a roupa da irmã.
E já não é a primeira vez que me brinda com o facto de afinal já não gostar daquilo que comprou no mês passado!

E ainda nem perto da adolescência estamos... vai ser bonito, pois vai!



terça-feira, 22 de novembro de 2016

Desaparecida...

Acontece sempre.
Desapareço daqui ou quando recebo visitas (o que não é o caso desta vez), ou quando tenho tanto, tanto para contar que fico assim sem dizer nada.

Antevejo um 2017 cheio de emoções.
Os planos são muitos, estão ligados à quantidade de desejos que carrego.

Vamos construindo e tentando cumprir cada um deles.

Por agora é só tempo de preparar.
Como numa colheita, o tempo em que se prepara a terra, é também o tempo em que se repousa.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Croke Park

Já foi à mais de uma semana que a miúda mais velha da casa foi jogar a final ao Croke Park.

Dizem os entendidos que é uma honra, um privilégio. Existem inúmeros jogadores de várias ligas, a jogar à anos e que nunca conseguiram pisar tal relvado.

Estas miúdas começaram a jogar em Setembro e conseguiram disputar uma final no Estádio Nacional aqui do sitio.
Confesso que ia super entusiasmada, porque sempre que por aqui se fala em Croke Park, enchem o peito de ar e mostram um imenso orgulho.
A história do Estádio é de facto bonita, mas a mim não me encheu o peito! Fiquei assim mais ou menos desiludida. O simbolismo, ninguém lhe tira, mas para quem como eu tem o Estádio da Luz como referencia, o Croke Park é pequeno, simples e nada majestoso.
Mas isto claro  é a minha perspectiva.

Seja como for uma final, é sempre uma final e um jogo, é sempre um jogo.

Não ganharam, mas um segundo lugar, foi na mesma um resultado único na historia da escola.












terça-feira, 18 de outubro de 2016

Pedacinho de Deus

Que Lindo...

"...

Se sentes dentro de ti

Sempre a sede de gritar,
O nome da liberdade,
A coragem de falar.
A palavra da verdade.
E a servir, participar,
Na construção da cidade,
Na construção da cidade,

Então…

Refrão: Tens em ti, um pedacinho de Deus
Tens rumos certos no coração
Desperta o sonho, tens em ti os céus 
Liberta a vida da palma da mão
Faz desses rumos, os caminhos teus
De Jesus recebeste, esta missão!
..."


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

a chegar lá...

"Aos 40, quer se goste quer não, já não somos a menina querida de ninguém."

Li isto algures na internet, não é uma frase minha mas não sei de quem seja.
Mas é uma pura verdade.

Eu que sempre me senti menina, menina por alguma razão, menina de alguém. Sei que já não o sou, já não o sinto. 

E ainda este ano na aldeia quando alguém me reconheceu como Leandrinha, pela primeira vez aquele nome não me fez sentir menina, mas sim adulta e até velha, porque todos os Leandros e Leandras que conheci assim o eram, velhos!

Descansem ainda não me sinto velha, mas sim já não sou menina!


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

companheiras

A Mariana tem trazido todos os dias parte do seu almoço de volta.
Todos os dias tenho reclamado com ela e hoje chamei-a e disse-lhe que tínhamos que resolver, que não podia continuar a acontecer. E foi então que ela me explicou que nos 10 minutos que tem para almoçar, tem ajudado a Hannah a aprender inglês.

A Hannah chegou no inicio de Setembro da Roménia, a família tem poucos conhecimentos de Inglês e a menina não tem nenhuns.

E eu perguntei à Mariana, "lembras-te? Foi igual contigo. Tu também não sabias falar inglês".
E a minha menina mais nova respondeu: "Não mãe, eu tinha a Madalena".

Que bom este sentimento que tudo na vida é mais fácil, porque nunca estamos sós.
Ainda que sofressem as 2 do mesmo problema sentiam que não estavam sozinhas, porque se tinham uma à outra.

Cada criança que emigrasse devia levar consigo um gémeo...


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Hoje é mais um dia que mostra que a distância tem um custo.
Um custo demasiado grande, nestes dias de dor e de perda.

Resta-me rezar, na certeza porém que somos muitos a rezar e que também ela reza comigo!

...

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Ética

A histeria em Portugal está insuportável.
À semelhança do que aconteceu com os Contratos de Associação para o ensino privado, onde a dita classe média tinha os filhos todos a estudar em colégios (ainda que morassem na Margem Sul, por exemplo, onde nunca existiu um contrato desse tipo), agora todos os contribuintes assalariados médios têm bens imobiliários no valor de meio milhão de Euros.

A lei que existia que tributava bens no valor de um milhão era justa, esta passa a ser imensamente injusta porque a maioria dos cidadãos enquadra-se nela.

Ora, é claro que nada disto é verdade. E que os ânimos políticos em Portugal estão tão elevados, que as pessoas já nem pensam, disparam simplesmente. Quando a direita ataca a esquerda responde e o contrário!

A frase anunciada pela deputada do Bloco de Esquerda não foi em nada inocente. Acabou por se revelar infeliz para um quadrante, mas tenho sérias dúvidas que tenha sido infeliz para aqueles a quem o Bloco se dirige.
Mas tenha sido por infelicidade pura, ou propositada o problema é que os dois lados têm razão.

Ou seja tal como existem ricos corruptos, existem pobres acomodados.
Mas estas duas realidades brutalmente distintas, têm algo em comum a falta de ética!
Ambos os grupos não têm problemas em roubar ao Estado e desta feita a não contribuir para o bem comum.

Será ingénuo acreditarmos que os chamados ricos em Portugal são todos bonzinhos e cumpridores.
Eu por exemplo lembro-me da época dos subsídios para a criação de empresas em Portugal, da década de 90. E conheço vários casos de queijarias na minha zona, criadas mas nunca de verdade. Ou seja criava-se a empresa, concorria-se ao fundo, o dinheiro vinha, estabeleciam um esquema com fornecedores e distribuidores (tudo fictício) e ao fim de ano e meio abriam insolvência. No meio de tudo isto com o dinheiro que nunca foi gasto de verdade comprou-se carros e casas! O mesmo aconteceu na área da formação e em outras.
Estas pessoas não eram pobres. Não fazem parte do grupo que vai para a Segurança Social pedir os subsídios sociais. São aquilo que em bom português sempre se chamou de "chicos espertos"!

Como seria também ingénuo  acreditarmos que não existem cidadãos que vivem propositadamente à custa do dito Estado Social. Fui voluntária em acção social durante anos suficientes, para infelizmente conhecer imensos casos.

No entanto, quer num caso quer no outro também existe gente digna e honrada. Gente que trabalha arduamente e que não tira nada a ninguém e que consegue acumular riqueza.

Eu que sempre estive no meio, ou seja, nunca fui rica (e a esta altura da vida já sei que nunca vou ser), mas que também nunca vivi da esmola de ninguém, gostava de acreditar que é possível educarmos cada cidadão a querer contribuir para o bem comum.
Para isso seria muito importante, que esta dita classe média, agora indignada se deixasse de tretas, entre direita e esquerda (diferenças essas que cada vez se notam menos) e passasse a exigir de verdade contas ao Estado e a perceber onde é que se gasta o dinheiro de cada um de nós.

Acredito que este exercício seja mais fácil do que parece, afinal somos somente 6 milhões de população activa e menos que isso de população activa empregada!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A minha filha mais velha ontem suspirou e disse-me "mãe acho que nos fazia bem um break!".

Ainda que por dentro tenha ficado com vontade de gritar e barafustar, respondi somente, "pode ser, para quando?".
Eu já ia a descer as escadas quando ela respondeu "talvez no Verão seja possível, até lá acho que preciso demasiado de ti para garantir tudo o que tenho para fazer"!

Ainda bem que por vezes conseguimos morder a língua e que são eles sozinhos que percebem os disparates que dizem.
No fim claro, que me restou sorrir.


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Actividades

Todos os anos a loucura é igual
A escola começa e os professores anunciam as novidades que andaram a planear.
Os miúdos trazem listas e mais listas, das actividades disponíveis e pedem tudo e mais alguma coisa.

A Matilde este ano começa mais dois desafios. Vai mudar de agrupamento de Escuteiros.
Dado estar no sexto ano teria de mudar de secção, assim aproveita e vai com as amigas para um agrupamento maior e mais longe. Vai ser uma grande aventura, que vai certamente obrigar o pai às quintas-feiras a maiores viagens.
Além disso a escola começou este ano um clube de GAA e claro está, a nossa miúda já faz parte da equipa!
Como tal este ano a Natação vai ficar parada, porque entre o futebol e o GAA já tem suficiente tempo para gastar energia.

As gémeas queriam mesmo começar algo novo,
Mas depois de muito falarmos perceberam que com 8 anos, fazer ballet (no caso da Mariana), Irish Dance (no caso da Madalena), natação e estar nos escuteiros já as obriga a um horário em que só terão duas tardes livres por semana.
E também precisam de brincar, correr, pular e tudo o resto!

Pelo menos até Dezembro este será o plano.
Em Janeiro, tenho a certeza que surgirão novos pedidos.




terça-feira, 13 de setembro de 2016

Arrumações

Aproveito sempre esta altura do ano para dar a volta aos roupeiros e às caixas dos brinquedos.
Com a desculpa que o aniversário das gémeas está a chegar, escolhemos brinquedos para dar ou que vão directamente para o lixo.

Assim que falei disso no final de Agosto as minhas gémeas, olharam para mim e disseram, "Sim pode ser, podes mandar todas as bonecas fora!"...

O meu mundo caiu.
Os Nenucos foram desaparecendo com o tempo, porque elas nunca lhes ligaram nenhuma. E isso para mim já foi um golpe duro. Mas agora fazer desaparecer todas as Barbies, Princesas e afins... acreditem que foi demais.




É ridículo, eu sei, elas querem mandar fora tudo isto e eu, a mãe, é que não deixo!!!

O que eu não dava para nos meus 8 anos ter esta caixa...

O resultado é que esta semana perguntaram-me, "porque é que esta caixa ainda está aqui?".



quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O meu aniversário

Já lá vão 2 semanas.
Mas vale sempre a pena recordar, principalmente porque foi um dia tão bom.

Fui super mimada pelas minhas miúdas e pelo meu marido.
Recebi imensas mensagens e telefonemas. Prendas cheias de carinho e significado, o que mostra que vale sempre a pena envelhecer.

O fim do dia tinha como plano ir a uma discoteca aqui da zona, que já se encontra fechada e que só abre para ocasiões especiais. No dia 26, fizeram uma "80's night". Era (e para quem me conhece bem, sabe) o plano ideal, ouvir e dançar música dos anos 80 no dia do meu aniversário.
E foi de facto bom!

Nunca tinha eu dançado "walking like an egyptian", sem ser sozinha em casa!
https://youtu.be/Cv6tuzHUuuk

ou imaginem toda a gente a mexer os braços num drama total a ouvir Cyndi Lauper em "time after time" https://youtu.be/VdQY7BusJNU?list=PLC90FB71F6ECE17F3

ou lembrar que isto existiu... https://youtu.be/4kHl4FoK1Ys?list=PLC90FB71F6ECE17F3

e o que eu me lembro de ter chorado a ouvir "Especially for you" da Kylie Minogue & Jason Donovan https://youtu.be/aGuNsiSZ9RI?list=PLC90FB71F6ECE17F3

e tantas outras que me fizeram saltar e ir dançar que nem uma perdida
https://youtu.be/CJY7KW_YAac?list=PLC90FB71F6ECE17F3
https://youtu.be/m3-hY-hlhBg
https://youtu.be/JyD8BxoB2To
e Madona, Michael Jackson e tudo o resto... até ABBA!
E sim, claro, a minha preferida FAME https://youtu.be/2COKt6DqSaQ

Foi giro.
Muita gente vai mesmo vestida a rigor e era ver a Madonas e o Don Johnson juntos na pista!
Foi também giro recordar aquelas coreografias que tínhamos da altura.
Junto de nós na pista, estava um grupo de raparigas bem mais novas, talvez agora na casa dos 20 e era vê-las a olhar para os nossos pés para imitarem.
E que giro é ver que nos lembramos de tudo e que quer aqui, quer em Portugal as modas eram as mesmas.

Eu tentei levar o cabelo como tantas vezes usei em miúda! Mas tal como na altura não reultou muito bem.

Fica a experiência de uma noite bem passada.



segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Dia da Caridade

Hoje celebra-se o dia da Caridade.
É assinalado hoje como homenagem a Madre Teresa de Calcutá. A mesma que ontem foi canonizada pela Igreja Católica e que para mim já era Santa desde sempre (que ninguém me leve a mal, por dizer isto)!

Ontem doeu-me muito ler tanta coisa negativa sobre uma referência de vida para mim.
Lembro-me bem, das inúmeras vezes que participei em reflexões sobre o trabalho de Madre Teresa de Calcutá. Como Católica, foi sempre para mim um exemplo. Como adolescente a trabalhar de forma voluntária na área social, era um modelo.

Longe estava o meu trabalho, do seu.
E nem consigo imaginar o que é na década de 40 trabalhar nas ruas, na Índia, junto de quem nada tem.
O seu trabalho foi de tal forma radical que na altura ela deixou a vida religiosa e só anos mais tarde a Igreja a voltou a acolher, a si e à sua obra.
Ou seja, a história de Madre Teresa de Calcutá, agora Santa, está longe de ser simples ou linear.
E será certamente isso que incomoda tanta gente.
Gente que certamente não consegue perceber o que é dedicar a vida a algo. E aqui não falo só, da capacidade dela em se dedicar aos mais pobres, mas cada pessoa na sua vida quando se dedica a causas, incomoda, destabiliza, porquê?
Certamente, porque nos obriga a rever a nossa própria forma de viver.

E neste caso a forma de uma mulher, que na rua e do nada criou um exemplo de vida a seguir.
Exemplo que se espalhou por todo o mundo e que ajuda imensa gente a viver melhor.

Para mim ontem foi um dia bom.
Foi um dia de testemunho de uma Igreja viva.
Uma Igreja que por vezes tem dificuldades em se mostrar actual.

Termos uma nova Santa, uma mulher dos tempos actuais, que nos serviu de exemplo na pobreza real, que foi humana nas acções e palavras, e por isso mesmo tantas vezes questionada e julgada.
Ter esta nova Santa faz com que a Igreja esteja mais próxima de cada um de nós. Faz com que nos seja mais real o caminho da Santidade, mais acessível, mais próximo.

Hoje dia da Caridade, é dia do Amor e para mim nunca haverá melhor texto que o que S. Paulo nos deixou.

1 Cor 13
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor."

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

39


é mais ou menos assim... falta mais um aninho, para oficialmente puder dizer que sou uma adulta.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

o fim dos jogos

Acabou ontem e ficaram tantas histórias bonitas registadas, fotografadas, vividas, conquistadas.

Daqui a 4 anos voltaremos a ter festa e alegria, porque os Jogos Olímpicos, mostram-nos o desporto sempre de outra forma.

Que lindas imagens que nos chegaram do Brasil. Mesmo com tudo o que se soube de negativo, o Rio de Janeiro é um cenário magnifico para uma festa como esta.












quinta-feira, 18 de agosto de 2016

3 anos

É verdade faz hoje 3 anos que vim com as minhas filhas para esta ilha.

3 anos depois e o balanço é positivo.
Não só pela forma como as coisas têm corrido, mas principalmente pelas pessoas que nos tornámos.

Passamos a ser mais família. A ter uma maior consciência dos 5.

Não sei se faz sentido lembrar sempre este dia, mas a verdade é que muitas vezes sinto que comecei neste dia uma nova vida.



quarta-feira, 17 de agosto de 2016

fomos a Portugal

É verdade, fomos buscar as nossas meninas.
Fomos na Sexta-feira e voltámos ontem.

Foram poucos dias, mas foram bons.
Muita coisa, muita gente.
Mas venho de coração cheio.

Tanta alegria.

Também foi bom ontem chegar.
Chegar com elas a casa. Repor a ordem.
Organizar tudo para a escola.
Voltar à rotina.

Hoje já andaram à chuva e de casaco.
É esta a nossa realidade.
Passou isto a ser o normal.

Cada vez mais tenho em mim que somos muito do que temos.
Ainda que claro, eu seja muito do que já tive.






sexta-feira, 12 de agosto de 2016

das férias...

As férias trazem a garantia, que este ano, tenho que reescrever a história de algumas amizades.


quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Jogos Olimpicos

Cá em casa adoramos, claro!
Aliás deve ser impossível ser da família do meu marido e não seguir os Jogos Olímpicos.

Este ano tem a característica de ser no Brasil e por isso ouvirmos a nossa lingua.
Estive acordada para ver a cerimónia de abertura em directo, adormeci algures após a entrada dos países de letra D! Quando entrou o primeiro país de letra P, o Jorge acordou-me e aqueles segundos da equipa portuguesa a entrar, valeram ter ficado à espera! O sorriso do João (porta estandarte este ano) demonstrava alegria e felicidade. E são estes os sentimentos que eu admiro nos Jogos Olímpicos.

Mais do que seguir as modalidades olímpicas, até porque não sou conhecedora de muitas, adoro o espírito que envolve os Jogos.

Existem imensas fotografias que mostram este espírito.
A nadadora síria (1).
O jogo de voleibol feminino entre o Egipto e a Alemanha (2).
A selfie de duas atletas juntas, uma da Coreia do Norte e outra da Coreia do Sul (3).
O pedido de casamento feito (4).
As lágrimas da atleta brasileira que ganhou a medalha de ouro em Judo feminino -57kg (5).
A garra de Telma Monteiro quando ganha a sua medalha (6).

E tantas outras que já aconteceram e que ainda vão acontecer.

A cerimónia de abertura mostrou que mesmo com muitas dificuldades, as entidades competentes estão a tentar que tudo corra da melhor forma, ainda que neste momento o país esteja numa situação caótica.

Aqui por casa vamos continuar a acompanhar e claro a torcer!

1
2
 3
 4
 5
 6




quarta-feira, 10 de agosto de 2016

é impossível não ficar de coração pequenino com as imagens que chegam dos fogos em Portugal.

Ver as imagens do Funchal ainda faz doer mais.
Um fogo desolador que atingiu a cidade.
Imaginar a cidade atravessada por chamas, desde a serra até à avenida do Mar, faz-me ficar mesmo triste.

Se existe ilha onde sempre disse que não me importava de viver era na Madeira.

A caminho de casa apanhei chuva e só pensava, como esta chuva seria ouro a cair no lado de lá do Atlântico.




terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sobrebvoar Lisboa

É lindo chegar pela manhã a Lisboa.
As imagens da janela do avião mostram a beleza de uma cidade, que eu acho única.

Adoro.
E adoro ver as ruas e saber-lhe os nomes, conhecer os caminhos.

Fico sempre de coração cheio.











sexta-feira, 5 de agosto de 2016

5 de Agosto

Ao olhar hoje para o calendário lembrei-me que foi neste dia à 21 anos atrás, que o Jorge teve a coragem de falar comigo e perguntar se eu queria namorar com ele.

Sim, é verdade, foi mesmo assim.
Ele pediu mesmo.

Tal como hoje, devia ser véspera de fim-de-semana, porque no dia a seguir eu e a minha família íamos para o Alentejo, onde eu ia passar praticamente todo o mês.
Tivemos quase um mês sem nos vermos. Na altura, sem telemóvel ou net que permitisse contactar um possível namorado. Se bem, que aos dias de hoje, ainda é impossível contactar um namorado por estas vias na casa da minha avó, na aldeia.

Claro que na altura foi um mês imenso.

Hoje vamos ter oportunidade de sair os 2. Temos aproveitado estes dias aqui sozinhos, para fazer aquilo que por norma nos é impossível fazer, passar tempo a 2. Fazer os tradicionais programas dos casais.
Tem sido bom e ainda que sinta imenso a falta das miúdas (imenso neste caso é uma palavra pequena), faz-nos bem. Que bom que é ao fim deste tempo juntos, continuarmos a gostar da companhia um do outro.




quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Alentejo

Este ano era obrigatório parar uns dias no Alentejo.
Também aqui fica a promessa de voltar nas próximas férias em Portugal, para tentarmos gozar uns dias mais calmos, uma vez que estes foram bem agitados.

O carro avariou em plena nacional!

Com as nossas filhas "espalhadas" e com o objectivo de nos reunirmos todos ainda nessa noite, foi um dia de muita emoção.
Ficamos sem o carro 3 dias inteiros!

Ainda assim e mesmo no meio do nada, tivemos imensa sorte.
Sorte de no Alentejo as pessoas se conhecerem todas.
Sorte do padrinho da Mariana estar perto.
Sorte de sermos uma família desenrascada.

No fim fica uma história para contar, muitos km feitos pelo pai e claro muitos bons momentos.








quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Das férias

Adorei ficar em Sesimbra.
Adorei a terra, a casa e estar tão perto da praia.

Não gostei que Sesimbra afinal "fosse longe" da nossa terra. O que fez com que o tempo fosse mesmo pouco. Tive pena de não conhecer melhor a vila e fica quase garantido que voltamos ali, mas com mais tempo para ali estar.
Chegávamos quase todas as noites tarde demais, as miúdas adormeciam no caminho.
Mas conseguimos a grande maioria das manhãs fazer praia.
Fizemos praia com os primos de Sesimbra e ainda passamos uma manhã, com a Rita e os miúdos.

Comemos muito peixinho.
E a Madalena ainda gozou de uma noite como filha única, com direito a tudo o que pediu (há que aproveitar a oportunidade de se ser filha única, quando se vive sempre com mais 2 irmãs).

Acho que elas adoraram.
E ficaram também elas com a sensação de querer mais.






quarta-feira, 27 de julho de 2016

"há coisas que mala nenhuma pode levar"

Muito se escreve sobre o sentimento de um emigrante.
Li imensas coisas este Verão e com muitas sorri, porque de facto passamos a viver de uma outra maneira.
Passamos a achar muito mais real a música do António Variações: "Esta insatisfação  / Não consigo compreender / Sempre esta sensação / Que estou a perder / Tenho pressa de sair / Quero sentir ao chegar / Vontade de partir / P’ra outro lugar / Vou continuar a procurar o meu mundo, /o meu lugar / Porque até aqui eu só / Estou bem /Aonde não estou..."

Mas a verdade é que quando se usa a expressão vamos de férias a casa, esta frase mostra logo o que está errado na acção. É impossível estarmos em casa e de férias. Ir de férias significa ir para fora, descobrir novos lugares, desfrutar de um tempo sem urgência e sem pressa. E não é nada disto que acontece.
Queremos desfrutar do Sol e do verdadeiro significado das férias.
Mas ao mesmo tempo queremos estar com todos quantos sentimos a falta durante todo este tempo.

E por isso tudo é pouco e intenso (talvez demasiado, até).
Muitos sentem que ficam de fora porque não os vemos, ou porque os vemos pouco.
Outros tantos não entendem ainda o porquê de nos termos vindo embora!
E por isso as constantes perguntas sobre o "quando regressamos" ou as tentativas de nos fazerem dizer que Portugal é melhor, tem melhor clima, tem melhores pessoas, tem melhor comida....
Enfim...

Ir de férias ao país onde sempre vivemos é de facto, sentir um turbilhão de emoções.
É cimentar a certeza de que o tempo concerta tudo e que a distância é de facto física.

Tenho a certeza que com os anos cada vez será mais fácil ir de férias a Portugal. Para já, é ainda difícil perceber o que fazer para que consigamos conciliar a ânsia da saudade, com o desejo de parar.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Traumas

De facto, tenho que ter sofrido muito a nível profissional na minha vida passada.
Porque ontem antes de ir para o trabalho achava que tudo ia correr mal.
A minha ansiedade era imensa, cheia de receios e quase em pânico...

Sabia bem que não havia motivo nenhum para tal.
Mas, a verdade é que as férias eram um verdadeiro pesadelo no meu antigo trabalho, e a verdade também é que nunca mais desde 2011 tinha ido de férias estando a trabalhar!

Pois este ano fui e já regressei ao trabalho e quer o meu chefe, quer os meus colegas ficaram muito felizes com o meu regresso!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Férias

Sinto que ainda não acabaram.
E a verdade é que não.

Regressámos no Sábado e foi até hoje a viagem que me custou mais fazer.
Deixei as minhas 3 meninas no outro lado.

Quando a ideia delas passarem férias em Portugal sem nós surgiu, devo ter sido a maior entusiasta. Lembro-me que gozei férias com os meus avós até à entrada para a Faculdade. Desde pequenina até à idade adulta passei pelo menos 1 mês de cada ano sem os meus pais. Longe das rotinas do dia a dia e a ser mimada e cuidada pelos meus avós e por isso quando a minha sogra sugeriu que elas ficassem lá, fui a primeira a achar a ideia óptima.

Mas durante as 2 semanas em Portugal deixei de gostar tanto desta ideia.
Mas soube sempre que era totalmente emocional, este receio que se foi instalando. Um desconforto justificado pelo hábito de ter as minhas 3 "pintas" sempre junto a mim!

E por isso no Sábado a viagem de regresso foi feita com muitos suspiros e algumas lágrimas.

É esquisito estar aqui e não as ter.
É desajustado.

Mas ao mesmo tempo é uma oportunidade única, para elas e para nós.

Sei que virão cheias de histórias para contar.
Muitas alegrias e imensas queixas.

Eu tenho que desfrutar do que me queixo, de nunca ter: Silêncio (agora não tenho desculpas)!

terça-feira, 28 de junho de 2016

Gilmore Girls

está confirmado sou vidente :)

Recuperei esta série desde a primeira temporada e estou a vê-la com a Matilde.
Não é absolutamente educativa, mas no geral cumpre o seu papel, transmite valores válidos de amizade e amor.
A minha irmã chegou-me a perguntar, porque é que estava a ver aquilo!?

Aqui está a resposta, vai haver uma nova temporada.

https://lovin.ie/lifestyle/tv/video-this-global-announcement-for-the-new-season-of-gilmore-girls-has-just-dropped

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Contagens

Contamos os dias para as férias √
Contamos os dias para o fim da escola. √
Contamos os dia de Summer Camp. √

E agora também contamos os dias para uma visita inesperada. √
(que bom, que bom que é)


segunda-feira, 20 de junho de 2016

A escola como espaço para brincar, socializar e aprender a ser feliz

A educação foi um dos principais motivos que me levou a pensar, deixar Portugal.

Ter acompanhado dois anos de ensino público com a Matilde faziam-me temer a entrada das gémeas na escola... tantas dúvidas, tantas falhas encontradas, tantas tentativas para minimizar os efeitos.



Claro que aqui não é uma Filândia, aliás ainda estamos por aqui também muito longe de tal.

Mas as diferenças para mim são enormes e quase todas para melhor.

Se existe sempre um motivo que me faz ter a certeza que para já vou continuar por aqui é ver as minhas filhas felizes na escola.









Michael Moore: "Where to Invade Next" Finland

quinta-feira, 16 de junho de 2016

mexericos e criticas à parte

gosto de acreditar e de dizer às minhas filhas que os maiores interessados em brilhar no Europeu são os próprios jogadores.
Por isso, vou deixar de partilhar, ler ou até ouvir que são um bando de convencidos com pouco talento!

Ser mais positiva é também isto.
Abandonar o discurso deprimente e negativo, que justifica sempre pela negativa os resultados.
Não somos o único país sem titulos Europeus, ou Mundiais.
Não seremos os únicos a ter super estrelas, super (e demasiadamente) bem pagas a não arrecar titulos.

Como tal, vou continuar a gostar, a torçer e a ver, a Selecção a jogar!




quarta-feira, 15 de junho de 2016

maleitas

Já aqui contei que esta casa sofre de uma doença. Que os nossos cuidados têm sido muitos, mas que ainda assim a casa é doente e necessita de alguns reparos!
Não ajuda as alterações que fizeram à casa e que incomodam os vizinhos de um dos lados!

Mas para além de tudo isto, esta casa faz-me cair.

Ou seja, desde que aqui estamos (menos de 1 ano) já aqui caí várias vezes!
Das mais aparatosas, foi ontem, onde voltei a falhar 3 degraus ao descer as escadas e voltei a torcer o pé esquerdo! Cheguei a pensar que era desta que tinha de ir para o hospital. Mas parece que está a melhorar!



terça-feira, 14 de junho de 2016

Euro 2016

Ontem cá em casa vestimos todos verde.
A escola apelou para as crianças irem todas vestidas de verde como sinal de apoio à seleção irlandesa, ou como, se diz por aqui "to the boys in green"!

Vimos o jogo todos juntos e tivemos pena que não tivessem marcado mais um golo.

Hoje entro em modo Portugal.
Vesti-me logo de manhã de vermelho, mas entretanto já apanhei uma molha tão grande, que tive de mudar todas as peças de roupa vestidas.
Hoje canto o hino de Portugal (ontem ouvi a Matilde cantar o irlandês!).

Se existe coisa que aqui aprendemos é a ter orgulho do nosso país.
Parece incrível, mas foi preciso sair de Portugal para perceber que é possível termos orgulho em sermos portugueses, termos orgulho na nossa identidade e ainda assim não concordarmos, com tantas das coisas que acontecem no nosso país.

O cachecol já está pendurado na janela.
A bandeira também já saiu da gaveta.
Fica mesmo, mesmo só a faltar gritar Golo e claro está deixar cair uma lágrima!




sexta-feira, 10 de junho de 2016

Hoje 10 de Junho

Dia de Portugal e dia em que começa o Euro 2016.

Curiosamente também dia em que o Secretário de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, chama a atenção para uma grande gafe da Federação Portuguesa de Futebol. Gafe essa que se torna ainda maior após a recepção que a Selecção Portuguesa teve ontem em França.

Ouvimos que vai ser a única Selecção estrangeira a jogar em casa e isso deve-se aos milhares de emigrantes que Portugal tem em França.

Por qualquer razão, que eu na altura não soube explicar, não gostei do slogan: "não somos 11, somos 11 milhões". Não percebia mesmo que 11 milhões eram esses!
Com a população a diminuir em território nacional, não percebia onde se tinha ido buscar o número 11 e cheguei a brincar sobre o assunto aqui em casa, questionando se os pedidos de nacionalidade estavam de facto a aumentar!

Mas o Sr. Secretário explicou então, que somos cerca de 15 milhões de portugueses, neste número estão todos, não só os que residem em território nacional.
E deste número fazem certamente parte as centenas que ontem choraram ao ver a selecção no seu primeiro treino.

A verdade para mim, é que desde que saí do meu país (tal como contam muitos outros emigrantes), passei a ser muito mais portuguesa, a identificar-me muito mais com a nossa cultura e a defender a nossa identidade.






quinta-feira, 9 de junho de 2016

para acabar o dia as gémeas resolveram ter uma "water fight" na casa de banho!!!

Ainda não sei se continue a gritar ou se simplesmente me desmanche a rir, porque a verdade é está calor e é tão difícil existirem períodos longos de calor por aqui...

hoje

Hoje já mandei 3 crianças para a escola, com pequenos almoços tomados e almoços embalados. Tinham as roupas certas vestidas e penteei 2 das 3 cabeças!
Antes de sair meti uma máquina de roupa a lavar.
Fui trabalhar, onde me posso gabar de ter ajudado gente a perder peso (é de forma indirecta, mas é uma ajuda).
Voltei para casa.
Estendi a máquina da roupa (continuam dias de sol magnifico).
Já cumpri a minha mini encomenda semanal, de 1 tarte de amêndoa.
Já tenho o jantar quase feito.
Já meti uma máquina de loiça a lavar e estou agora a acabar o meu almoço.

Falta uma hora para as ir buscar à escola.
E hoje, dado ser Quinta-feira, calha-me a mim receber as amigas da Matilde, ou seja vão ser 5 crianças cá em casa, a fazer os trabalhos de casa, a lanchar, a pedir para ir jogar à bola para a rua e a jantar!

É esta a minha rotina das Quintas-feiras, ou pelo menos de muitas Quintas-feiras...

quarta-feira, 8 de junho de 2016

e já agora sobre as férias, só para avisar que o calendário já começa a estar bem preenchido.
E alguns dias já temos o dia dividido em manhã / tarde / noite!

Vão ser 2 semanas para compensar 2 anos...


são tantas, mas tantas as novidades e os acontecimentos destas 2 últimas semanas e que não têm aqui ficado registados.
Mas hoje, não consigo pensar em mais nada além dos

30 Dias

que faltam para as férias.




sexta-feira, 27 de maio de 2016

mais tristezas...

Toda a história que envolve a situação do porto de Lisboa, é do mais triste que existe.

O problema do Contrato Colectivo dos estivadores não teve inicio em Novembro passado, ainda que seja isso que ouvimos nas noticias.
Este Contrato Colectivo não é respeitado, nem tido em linha de conta à mais de 10 anos (aliás de forma semelhante ao que acontece um pouco em toda a administração pública).
A verdade, é que infelizmente, estamos muito perto do ver este Contrato Colectivo de Trabalho tornar -se desnecessário.

Não acredito que tudo o que está a acontecer tenha sido planeado, até porque seria demasiado engenhoso, mas parece, que os acontecimentos vão servir muito bem à actual administração do porto.

Para variar existe muita gente a perder no meio de tudo isto.

Nem sempre se avança numa luta.
E nem sempre quem luta ao nosso lado, tem percepção total da realidade.

Cada vez vai haver mais não qualificados a trabalhar nos portos. Aos trabalhadores não qualificados pode-se pagar o SMN, pode-se pedir "banco de horas" no lugar de lhes pagar as horas extra, pode-se fazer contratos por carga e descarga... enfim... pode-se fazer tudo o que já se faz, mas a um número cada vez maior de contratados.

Tenho pena que os sindicatos não percebam que têm, eles também que se reinventar, para efectivamente defenderem os trabalhadores e deixarem de se defender a si próprios.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

das coisas mais parvas...

A história do financiamento ou não a Escolas Privadas já irrita!

Independentemente da posição de cada pessoa, seria normal aceitar-se que quem tem os filhos nas escolas públicas (e muitas vezes sem condições) se assuma a favor da proposta do Ministério, assim como os pais das crianças que têm beneficiado desta medida se assumam contra!

E por isso é normal que aqueles que veêm agora uma lei nova surgir se queiram manifestar.
Nada disto, devia ser de estranhar.

Mas pelos vistos este é um tema que abala muito mais a sociedade portuguesa, do que o défice, que cada vez aumenta mais.

Mas do mais ridículo que já vi sobre tudo isto, foi esta imagem, como que a indicar que existe uma tentativa de passar uma mensagem por se apresentar o telejornal da noite com peças de roupa em amarelo!


Bolas!
Assim, é difícil.

Uma pessoa até é a favor da nova lei... mas depois tem de ver quem a defende, dizer das coisas mais parvas imaginadas.


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Dentista

Fui ao dentista num dia de Verão. A temperatura rondava os 18 graus.
Sim, 18 graus por aqui é Verão!

O ar condicionado estava ligado, porque como se diz por aqui: "it's burning"...

Para além de ter de estar deitada na cadeira a congelar, tive de ouvir um sermão tremendo sobre a quantidade exagerada de açúcar que como, Porque de acordo com a minha dentista, nós os portugueses (assim como os italianos) metemos demasiado açúcar no café e dado que bebemos mais que um café por dia, somos uns exagerados.

Ouvir um sermão de uma irlandesa sobre o açúcar que um português consome, é mais ou menos parecido ao lobo mau dizer que é boa pessoa porque foi o caçador que lhe abriu a barriga!

Neste país a quantidade de açúcar consumida é somente uma das maiores da Europa.
Por aqui é normal como snack comer-se uma barra de chocolate.
Aliás se as minhas filhas comessem a quantidade de doces que as amigas da escola comem, efectivamente tinha de abrir um contrato vitalício no dentista.

Atenção mas a dentista é uma querida e explica tudo o que faz e porque faz.
Esta é a terceira dentista que tenho em idade adulta, curiosamente tive sempre mulheres e foram sempre umas queridas com imensa paciência.
Mas a ver se não volto a ir num dia de Verão e vou passar a consumir tea with milk, sem referir que também no chá eu meto açúcar!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Desafio da semana

No ginásio onde trabalho, o meu chefe usa imenso as redes sociais.
O facebook é para ele uma verdadeira ferramenta de trabalho.

Ontem lançou o desafio de cada pessoa filmar-se a fazer 10 elevações, colocar no facebook e nomear mais duas para também fazerem o mesmo.

Neste momento eu tenho medo do meu facebook...
Eu que gosto imenso de ir ver o que há de novo, desde ontem que só vejo gente a fazer aquilo que eu seria incapaz :(


segunda-feira, 23 de maio de 2016

O significado do comércio tradicional

Ontem pela primeira vez (sim primeira vez) comprei um soutien "sozinha"!

Ou seja, desde sempre que a minha lingerie é comprada na mesma loja, que existe desde sempre no mesmo sítio.
Mesmo agora que estou longe, as prendas que vou recebendo da minha mãe são dessa loja.
Não preciso de estar lá, para que me mandem o soutien certo, tal como nunca precisei de os experimentar antes de os levar para casa!

Este é o verdadeiro significado de comércio tradicional, termos uma pessoa que sabe melhor que nós o que nós queremos e precisamos.




quinta-feira, 19 de maio de 2016

uma pessoa ainda não se habituou a isto

Acabei de receber por email o calendário escolar das minhas filhas para o próximo ano lectivo.


Já é possível marcar as férias do próximo ano.... (Ahahahah)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

a idolatria ao "bicho"

Desculpem se ofendo com o titulo.
Mas já não consigo, já me cansa, existem pessoas a dar mais importância a animais que às pessoas.

As mil e uma mariquices a que assistimos quando um casal é pai pela primeira vez, são toleradas e de alguma forma "desculpadas", porque estão a deixar descendência, estão a criar valor futuro. É um novo ser que vem ao mundo e a genética diz-nos (aliás a nós e a qualquer animal) que nos devemos reproduzir, para continuarmos a existir enquanto espécie. Passar esse tipo de comportamento para animais, sejam eles cães, gatos, coelhos ou o que mais, para mim é doentio.

Foi esta semana que o Papa falou sobre este assunto, http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2016-05-14-Papa-lamenta-quem-sente-compaixao-por-animais-e-indiferenca-pelo-vizinho.
E foi exactamente no facebook com imensos amigos a fazerem partilhas do artigo do Papa, que me apercebi que a loucura está extrema.
Havia quem efectivamente concordasse que existem animais que merecem mais compaixão e piedade que "certas" pessoas.

Eu acho que devemos defender os direitos dos animais.
Acho até, que não pudemos estar à espera da paz mundial, para tomar decisões no mundo animal e por isso sim, deve-se pensar em legislação própria e avançar nesse sentido.
Mas daí a construir toda uma imagem de adoração e de devoção ao mundo animal vai uma grande distância.

Nem quero imaginar os inúmeros estudos  de psicologia e sociologia que este tema vai alimentar para o futuro, e nem quero desenhar o perfil "do amante dos animais", mas gosto de acreditar que nesta matéria sou bem humana.

E nem a propósito cruzei-me com um poema de Sophia Mello Breyner, "Pessoas Sensíveis", que começa da seguinte forma: "As pessoas sensíveis não são capazes  / De matar galinhas  / Porém são capazes / De comer galinhas ".





terça-feira, 17 de maio de 2016

Fim de semana de provas

A prova principal foi o exame de ballet da Mariana.
O exame é avaliado pela Royal Academy of Dance, com um júri que voa mesmo de Londres para num dia ver mais de 10 grupos de crianças a prestar provas.

A professora da Mariana dá imenso valor a este exame e defende que as crianças o devem fazer desde novas, por forma a estarem em contacto com um sistema de avaliação formal, numa actividade que por norma é vista como lúdica!
Eu penso quase ao contrário e por isso o ano passado nem as deixei pensar no assunto!
Este ano foi a Mariana que pediu para o fazer e por isso já não havia porquê negar.

Elas têm aulas extras de preparação para o exame.
É lhes também facultado um vídeo para praticarem em casa.
Enfim... um exame à séria, para uma bailarina de 7 anos, claro.

E o exame foi no Domingo.
Tudo foi preparado com tempo e sem pressa.
Ela estava radiante.
Fez o penteado com as colegas.
Exibiu-se e desfilou para imensas fotos.

E mesmo antes do exame, numa ida à rua com a professora e as colegas, tropeçou, ou escorregou (nem consegui perceber o que aconteceu) e caiu de joelhos no chão.
A poucos minutos de entrar para o exame, esfolou à séria o joelho esquerdo.

Coitada da minha filha.
Cheia de sangue a escorrer pelo joelho (nem sei como é que não se sujou toda).
A professora atrasou o exame 5 minutos.
Ela trocou de collants. Eu mal tive tempo de lavar devidamente a ferida. Metemos 2 pensos rápidos.
Ela tremia imenso, mas disse que queria na mesma fazer o exame.
E por isso lá foi, a tremer.

A professora diz que ela esteve muito bem e que fez tudo certo.
Mas ela tinha uma cara chorosa, no lugar de uma cara feliz.

Foi um golpe bem fundo no joelho. Cheguei a ter medo de ser necessário ir ao hospital.
Mas depois já em casa lavamos bem e agora esperamos que vá cicatrizando.

Foi um valente susto.
E ela foi tão corajosa.
Tão crescida.






Sim as 2 fotos no meio foram selfies tiradas pela própria!!!
É um dos novos e maiores divertimentos desta minha filha, além dos vídeos. Pois ela vai ter um canal no youtube e vai ser uma vloguer de sucesso!