terça-feira, 30 de setembro de 2014

das coisas que já me cansam

é ouvir os noticiários de manhã da comercial.
Já me cansava e muito, as notícias em Portugal quando lá vivia... agora ainda me custa mais... porque faz me sempre pensar na frase: "mais do mesmo".

E nos últimos dias a metereologia é saturante... parece que falam gaélico!!!



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

inglês

Falar em outra língua, que não a nossa é sempre esquisito.
Contar uma história que nos aconteceu, explicar um sentimento!

Para mim falar em inglês é sempre algo exterior. Por muito que fale nunca sinto que estou a explicar da maneira certa e da forma correcta. É como se estivesse a contar uma outra história qualquer de alguém que não eu.

Acontece mais o menos como ler isto:

The usual things in your life
won't make you miss them
only the painful memories
or those which make you smile. 
There are people who stay in history
our life's history,
and other who we don't even remember
hearing their names.
It are the emotions that bring life
to the memories that i bring in me
those i had with you
and i've just lost.
There are days that
leave marks in your soul and in our life
and the one that you've
left me i can not forget.

The rain felt in my face
frozen and tired
the streets that the city had
i've went along through them
ohh... my young lost girl cry
I screamed to the city
that the fire of love
under the rain
died moments ago.

The rain listenned and silenced
my secret to the city
and there it knocks on the window
bringing with it the memories.

E depois poder ouvir a música na língua portuguesa e pensar... Uauuu...



sábado, 27 de setembro de 2014

Histórias

Existem histórias que nos fazem de facto verificar as graças que temos na vida.

A graça de ter uma família, de a partilhar, de viver, de amar e ser amada.
A graça de cada dia.

A história da S. mostra como qualquer realidade pode num minuto virar um tormento. Um tormento que não se percebe. Um tormento que o ideal era não ser seu.
Esta semana de longe fui "consolando" no que é possível esta dor. Uma dor que nasce ainda longe de ter data para fim e sei bem o que doí não se ter data fim para uma dor destas.
Mas são assim as histórias verdadeiras da vida. Nem sempre repletas de momentos cor-de-rosa, por vezes são dores negras que não se deviam conhecer.

Dores que marcam de forma profunda e alteram definitivamente a pessoa que somos.

Para mim ela é uma menina, já lho disse.
Uma menina que ria até mais não e nos lanches lá em casa chegava a ganhar ao Rui a comer carcaças!!!
Não sei quando é que a vida nos vai voltar a cruzar...
Mas vou guardar comigo um abraço muito apertado para dar a uma menina muito especial (sim eu sei ela já é uma mulher!!!).





sexta-feira, 26 de setembro de 2014

daquilo que crescer significa

Crescer significa perceber de verdade a frase: "Comportamento gera comportamento".


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

pois é...

eu que gosto muito das minhas coisinhas e tal e tal... e gosto de comprar cada peça e guardar tudo o que me dão.
Dou muito valor ao que tenho .

pois é perdi hoje o fio que já tenho à uns bons pares de anos... e que neste último aniversário o Jorge me tinha dado um Sol e eu tinha acrescentado ao dito fio....

Foi-se... foi-se hoje.... foi-se como o vento...



Actualização rápida e urgente... apareceu.
Apareceu tal e qual conforme desapareceu...

Que bom que não perdi o meu Sol ;)


terça-feira, 23 de setembro de 2014

meu

Se existe algo que eu valorizo é o meu espaço. Sou daquele tipo de pessoas que num espaço de tempo necessito de adquirir um sentimento de pertença, sou assim com as coisas (de uma forma geral) tal como também o sou com as pessoas.
Ou seja não sou uma pessoa desprendida.
Gosto de ter coisas, gosto de ter as minhas coisas.

Apesar de muitos considerarem isto como algo materialista, não o é necessariamente. São estados diferentes, mas isso fica para outro dia.

E é por isso que hoje estou super feliz, porque esta noite dormimos na nossa cama. Ainda é só mesmo a cama, mas é o principio, já tenho uma cama. Claro que a decisão de começarmos a comprar coisas definitivas aqui na Irlanda, significa que as que deixamos em Portugal vão ficar lá.
O que tenho de confessar me custa, custa-me muito.
Toda a nossa mobília de Portugal foi comprada em Paços de Ferreira e isso significa que foi a pensar ficar com ela "para sempre".
Aqui estou a preferir ir ao IKEA, primeiro porque conhecemos, depois porque é mais em conta e depois porque de facto a grande maioria das mobílias é deveras funcional.

E como tal hoje planeio mesas de cabeceira, colchas, duvets, almofadas e quadros... porque a cama já aqui está.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

as diferenças

Na sexta feira fui com as minhas "amigas" irlandesas ao IKEA.
E daqui de onde moramos até lá são cerca de 30 minutos se apanharmos a auto estrada (e pagarmos a dita da portagem, pois claro, que esse tipo de coisas existe em todo o sítio, aqui em menor número verdade, mas em maior valor!).
Ora e foi mesmo no meio da auto-estrada que orgulhosamente contei que o pagamento da portagem através de um sistema idêntico ao português Via Verde, foi inventado em Portugal e aproveitei a oportunidade para me gabar um bocadinho dos nossos avanços tecnológicos, multibancos com múltiplas tarefas, sistema de banco on line com possibilidade quase que ilimitadas e comparações dentro desse género.

Ao percorrermos os corredores do IKEA queixo-me das camas na Irlanda e da falta que me fazem existirem conjuntos de lençóis!
E aqui ouvi de uma delas: "Engraçado que tecnologicamente vocês são muitos mais avançados mas ainda fazem as camas como se fazia no século XIX".

E é isto...
É isto que descubro a cada dia.
É que ser diferente não é obrigatoriamente ser melhor ou ser pior... ser diferente é somente isso... é ser diferente.

Que pena que a natureza humana, tenha dificuldades em aceitar a diferença e que na procura de se justificar individualmente necessite sempre de comparar.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

"do tempo"

os textos que existem sobre os "nossos tempos" são inúmeros  e é impossível enquadrar tudo quanto dizem na realidade de cada um. Mas este em particular: http://quadripolaridades2.blogspot.ie/2014/09/repost-eu-ainda-sou-do-tempo.html fez me recuar a uns quase 20 anos atrás... principalmente na parte em que se lê: "Em que se apanhavam bebedeiras de Gold Strike"....

Estaria esta moça lá e eu não sei quem ela é... a sério!?
Eu já quase que não me lembrava disto.



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Alentejo - Alentejo



Estreia hoje...
Um filme que fala e mostra tudo o que ouvi vezes e vezes pela boca dos meus avós e de muitos outros alentejanos, que viveram tempos que a nossa imaginação não consegue construir, por tão improvável que parece.
Uma sardinha para 4, uma azeitona para 3.
Sapatos sem sola.
Terra a perder de vista.
Uma calma que nos entra pela alma, um calor que de facto nos mata os sentidos.

A minha paixão pelo Alentejo vive de o ter vivido sempre de perto. Vive de ter passado lá Verões inteiros. Vive de ter adorado desde sempre todos os alentejanos da minha vida.

E agora passa a filme.





quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Educar - "Educar com Amor"

Nunca antes de ter filhos pensei em ler teorias sobre a educação, livros sobre parentalidade ou todo um mundo que existe sobre as crianças e o seu desenvolvimento.
Depois do nascimento da Matilde passei a ler tudo aquilo a que deitava mãos, os mais lidos, os maiores, os mais pequenos, os menos conhecidos... sei lá tinha livros desde o dia 0 até à entrada para a escola primária e tencionava continuar a comprar para acompanhar cada fase.


Depois nasceram as gémeas e compramos aquilo que existia sobre gémeos em Português (e que foi de verdade de grande utilidade). E daí para a frente passei a ser muito mais rigorosa com o que lia, porque com a prática descobri que educar nos livros e num mundo hipotético é de facto muito fácil e simples, mas no mundo das mães, dos pais e dos irmãos as coisas não conseguiam ser sempre directas como nos livros!!!
E é por isso que existem alguns autores de quem gosto e dos quais procuro retirar ensinamentos práticos, por vezes e na maioria das vezes, mais  para mim directamente do que para as miúdas.

E ao ler a entrevista que este pediatra deu recentemente aqui: http://observador.pt/2014/09/10/mario-cordeiro-nao-devemos-ser-escravos-dos-nossos-filhos/ não podia deixar de reter por aqui algumas frases que mais uma vez me dão "alento", nesta tarefa, em que nós pais, constantemente duvidamos dos resultados futuros.


E de facto o pediatra Mário Cordeiro é um desses nomes. Lembro-me de termos comprado o livro dele sobre o sono, durante os dois anos que tivemos sem dormir uma noite e foi sem dúvida uma grande ajuda, na altura aliviou nos até na certeza de que as práticas que tínhamos não estavam incorrectas, mas que até dormir pode ser muitas vezes para uma criança uma aprendizagem (esta foi uma aprendizagem que as gémeas demoraram 2 anos a interiorizar!).


Aqui ficam então alguns excertos:
"Qual é o peso do afeto quando se educa uma criança?
O amor tem de estar sempre presente. Para que as relações entre pais e filhos sejam saudáveis estas devem ser marcadas pelo amor oblativo, o amor que não se cobra e que existe apenas porque sim. No limite é dizer-se “eu não preciso de ti para nada, mas gosto de estar contigo”. O amor dos pais pelos filhos não tem razão de ser, a não ser o próprio amor. 
...
A palavra “querido” é recorrente no livro e no discurso…
Vem do verbo querer. “Querido” expressa “eu quero-te”. O querer é uma coisa pessoal, é o cumulo da vontade. Quando uma pessoa diz “eu quero-te” é um ato voluntário, possessivo no bom sentido. Daí a criança sentir-se desejada e querida. O maior medo das crianças, nas várias idades (mas sobretudo nas mais pequenas), é o abandono.
...
 Escreve que os pais não dizem “amo o meu filho”, mas sim “adoro o meu filho”. Qual é a diferença?
Gosta-se das coisas, adoram-se os deuses e amam-se as pessoas. Aprecia-se comida, não se ama o que se come. A adoração é unilateral, da qual não se pede responsabilidade. Já amar é diferente, é bidirecional e envolve sentimentos recíprocos — quanto mais se dá, mais se tem.
...
Eu entusiasmo progressivamente os pais que são meus pacientes a ganhar algum tempo para si próprios —- exceto no período de contemplação [em que a criança acabou de nascer]. Para que servem as madrinhas e os padrinhos? Precisamente para carregarem um pouco do fardo quando é preciso. Acho igualmente importante que as crianças sejam cada vez mais autónomas e que possam passar algum tempo sem os pais.
...
Não devemos ser escravos dos nossos filhos. Eles não nos podem sugar a vida, têm de se habituar a ser autónomos e, de igual modo, saber precisar de nós.
...
- Que valores devem ser transmitidos às crianças?
Respeito, amor, responsabilidade, empatia, partilha e solidariedade. Mas os valores são coisas abstratas para uma criança, pelo que é preciso dar exemplos práticos. Até aos cinco, seis, anos a criança está numa fase em que predomina o concreto.
...
Dar uma semanada também é importante; sugiro dois euros por semana. Implica ser-se responsável: “Trabalhaste uma semana, tens aqui uma semanada. O esforço foi recompensado e o teu poder aquisitivo está na razão direta do teu trabalho”.
...
O pai deve observar tudo e fazer-se sócio da associação de pais para poder intervir e tentar mudar o que se pode mudar, compreender e ajudar onde pode.
..."

Eu sei é muito texto... mas tem tanto do que gosto, tanto do que penso, tanto do que queria sempre ser capaz...
Enfim... ser mãe é também uma aprendizagem e é bom que nunca acabe!


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Passwords

A sério é uma coisa que me irrita.
Desde sempre, desde o inicio, nunca percebi bem o porque de termos que criar passwords e depois para as memorizar temos que as ir escrevendo em algum sitio, num papel, num caderno, na agenda, no telemóvel... e o mais ridículo certamente criar um documento no computador com tal informação.

E podem argumentar que é mais fácil se for sempre a mesma. É verdade que sim seria!!!
Mas as regras das passwords já mudaram tanto que é impossível mantermos a mesma.

Na empresa onde trabalhei 12 anos, criaram a regra, por questões de segurança claro, que tínhamos que mudar a password em cada mês, isto depois de ter passado a ser obrigatório a mesma possuir pelo menos uma letra maiúscula e dois números!!! Resultado a minha password era sempre a mesma só mudava os números no fim das letras que passaram a corresponder ao mês em questão! Assim nunca me esquecia... nem eu nem mais ninguém, porque às tantas todos usamos a mesma regra!!!

Outro exemplo foi este ano a CGD ter criado, também e mais uma vez por questões de segurança, novas regras para os códigos de acesso à página do banco, resultado... perdi o acesso à mesma... porque o meu código, escolhido por mim e com mais de 10 anos de serviço, não cumpria uma das regras!!!

E agora estava eu a fazer mais um registo na Internet e dizem que a password tem de ter pelo menos uma maiúscula, dois dígitos numéricos e completar o total de 10 caracteres.... ora já podem adivinhar, nenhuma das que costumo usar corresponde a este padrão!!!

Para quando deixarmos de ter que nos registar em inúmeros sítios e adicionar a cada base de dados a nossa informação e passar a ser ao contrário, até porque a informação e o interesse é nosso. Ou seja quando é que alguém descobre a forma de cada um de nós ter os seus dados e só os incorporar na altura em que necessitamos no site em questão e de forma temporária, sem obrigar a constantes registos! 

É que até a nível de informação, anda o mundo cibernâutico carregado de dados duplicados... quando eles são nossos e de nosso interesse e muitas vezes nós já nem nos lembramos onde é que os colocámos!!!

Desculpem o desabafo... mas a sério que a história das passwords me irrita!!!
E ainda me irrita mais as perguntas de segurança, para nos lembrarmos das ditas passwords... ou o envio dos email's com novas passwords,... 
E isto já irrita pelo menos desde 1995... já é muito tempo!






segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A nossa terra


Estava a ver uma fotoreportagem baseada na ideia de mostrarmos aquilo que nos liga à nossa terra, depois de a deixarmos.

Curioso que esta semana as gémeas tiveram que fazer essa construção para um trabalho da Escola.
Tiveram que reunir fotografias de quando eram pequenas e contar o que distinguia a terra delas das outras, isto claro pelos olhos de meninas de 5 anos.

A maioria das vezes referiram o Sol, o calor, o podermos passear sem casacos. O ir à praia com a escola. Sair da praia de noite e mesmo assim  não ter frio. As festas populares pelas ruas nas noites de Verão, com bolos, algodão doce e divertimentos. O lanchar em bancos de jardim e o correr pela relva que nunca está molhada! As piscinas abertas!

Achei curioso tudo o que diziam e espero que o consigam transmitir tudo isto à professora.

Eu para além de tudo isto que elas dizem sinto a falta da minha terra em si, de andar na rua e conhecer cada esquina, cada canto e conhecer as pessoas e acenar-lhes e dizer "Bom Dia"!
Sinto a falta (e muito) da comida, dos nossos produtos, das nossas lojas, dos meus hábitos de compra, das ruas que já conhecia, das lojas de sempre!
Sinto a falta de saber que todos quanto guardo no coração estão à distância de um autocarro, um comboio, uma rua, um quarteirão.
Sinto-me a falta.

É isto que passa a acontecer... a saudade passa a ser saudade de quem éramos naquele sitio, como se fosse possível, percepcionar o nosso espaço ainda que ele não nos pertença.
É como se continuássemos a viver lá... mas sem lá estar.
E certamente será muito por isso que quando regressamos tudo fica um pouco distorcido....


A reportagem está aqui: http://p3.publico.pt/node/13632


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

aulas de natação

Desde que viemos para cá que para elas existe uma lacuna, deixaram de andar na natação.
Estamos a tentar este ano concretizar mais esta tarefa, pois as 3 adoram.
Mas os horários são limitados e as vagas poucas!

Esta semana foram fazer o teste para puderem fazer a inscrição, pois as crianças são separadas por níveis.
Assim que chegaram à piscina queriam literalmente saltar lá para dentro, comportamento este que revela desde logo que não são locais! Se a isto juntarmos a cor da pele, sim as minhas filhas neste dia na piscina eram as marroquinas do sitio, bem sei que cá em casa somos todos branquinhos, mas de fato de banho vestido junto aos irlandeses parecemos emigrados directamente do Norte de África!
E depois ainda a característica que fez a professora constatar que de facto não podiam ser irlandesas, adoram a água e flutuam naturalmente nela.

Trouxeram as fichas com os respectivos níveis e Domingo o pai vai madrugar para a frente da piscina, na esperança de arranjar vagas para as suas 3 sereias!!!



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

How long will I love you





Esta música é tão, tão bonita :)




quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Palavras de sempre...

Já o oiço à tantos anos e cada vez que o volto a ouvir, ou a ler, surge me sempre a ideia: é tão fácil!
A receita do amor. A receita de fazer amor.
Lembro-me tão bem quando nas sessões do Grupo nos mandava tocar uns nos outros, nos braços, nas caras, nas mãos, tocar a pele do outro, fazer amor com quem está ao lado!


No meu casamento mandou cada um dizer a quem tinha ao lado: "Gosto de Ti". Hei de para sempre me lembrar da cara de muitos dos convidados!!


De cada vez que o leio é como se o ouvisse, o som, a voz.
É como voltar aquela sala, naquelas cadeiras e ele dizer nos que para o amor triunfar teriamos que voltar a viver em comunidades. Lembro me de não ter percebido bem... hoje sei que a grande maioria de nós na altura não percebeu... porque nos era impossível perceber na altura, era um desafio demasiado grande para quem sonha com os sonhos normais das pessoas normais aos 19 anos.

Hoje percebo melhor.
Ainda não sei se completamente, mas melhor. E concordo, concordo tanto.
Tudo seria mais fácil se vivessemos para Amar.
Tudo seria mais fácil se a porta da nossa casa estivesse de facto sempre aberta.
Tudo seria mais fácil se de facto eu não tivesse nada, mas se todos juntos tivessemos o necessário!!!

A vida dos dias de hoje e de cada um é tão diferente de tudo isso.


Fica aqui alguns excertos do texto que o Fernando escreveu à uns dias.
O texto completo está aqui: 
https://www.facebook.com/fernando.ventura.969/posts/10152645014124166



"Outros tempos, outras culturas e outras civilizações inventaram, criaram e aperfeiçoaram formas de matar e mataram...! O nosso tempo, a nossa “cultura” e a nossa “civilização”, ou a falta dela, conseguiram matar o que nenhuma outra tinha sido capaz de matar. Nós, matámos as palavras! E porque matámos as palavras, matámos os afectos e porque matámos os afectos, suicidámo-nos!

De repente, deixou de ser possível “fazer amor”, porque quando nos demos conta, esta era já uma das palavras mais assassinadas... e ficámos sem saber o que fazer. Daqui, a partir daqui, tudo se complicou, tudo “nos complicámos”. E sobrámos nós, sozinhos, com afectos mortos, com solidões à espera de redenção.

E aqui estamos nós, convidados, desafiados, e incentivados pelo próprio Deus a perceber a nossa missão, a única que nos toca realmente levar a cabo! Ressuscitar as palavras mortas, os afectos mortos! Um dia perceberemos que este é o tempo de nos entendermos como agentes de transformação da História.

A nós, a todos nós, cabe-nos a tarefa de “fazer amor com toda a gente, todos os dias, e sem preservativos!”"

terça-feira, 9 de setembro de 2014

existem momentos que nos enchem o coração

Hoje a descer de manhã sou confrontada com a pergunta: "O que são milagres mãe?".
Tentei explicar, dei exemplos... e perguntei, mas a que vem a pergunta!?
E então a Mariana explica me que a Matilde lhes estava a ler a história de Maria e o nascimento de Jesus.

Foi aí que reparei que estavam a ler a Bíblia para crianças.

Ficou agendado para a tarde a história da criação.

E é assim, os livros estão nas prateleiras... elas podem escolher qualquer um dos que lá estão e para elas é absolutamente natural ler qualquer um deles, até a Bíblia.
É tão bom a naturalidade da infância, sem preconceitos, com uma naturalidade casual.




terça-feira, 2 de setembro de 2014

Alentejo

Descobri hoje que os cânticos típicos alentejanos estão a concorrer a Património da Humanidade.

Gostava tanto que viesse a acontecer... que o canto alentejano fosse Património. Para mim é.
Ainda este ano quando passávamos por lá eu ensinava às miúdas umas "modas".

Aquele canto arrastado lembra tanto aquelas terras secas, de calor, de um calor que nos sai do chão, que nos queima por dentro, que literalmente nos abafa e nos cansa.

De algumas só me lembro de partes:

"... resolvi ir até Lisboa que a vida por cá está má... ... chora por mim, que eu choro por ti. Já deixei o Alentejo."

"Vou me embora, vou partir mas tenho esperança, vou correr o mundo inteiro, quero ir!..."

"Dizem que a folha do trigo é maior que a da cevada, assim a minha amizade ao pé da tua é dobrada."

"Nossa Senhora da Conceição que está no seu altar, todos lá vamos ajoelhar e a cantar, a cantar vamos rezar... "

E depois as mais emblemáticas, como a cegonha.

https://www.youtube.com/watch?v=YduFx-GGtLE#t=16


O vídeo que fizeram para candidatura é este.
E faz me tanto, tanto lembrar os meus.
Vou mostrar isto ao meu pai, quando puder e deixar correr as minhas lágrimas a acompanhar as dele.

http://vimeo.com/100714658

das tristezas que vamos sentindo

Ter amigos pouco sinceros é das coisas mais difíceis para mim.
Para mim, a amizade é sinónimo de confiança. Mesmo que discorde, mesmo que discuta, mesmo que muitas vezes sinta até que abusei e falei demasiado, correndo o risco de magoar o outro, gosto de acreditar que ser amigo é também isso, perceber que não podemos concordar sempre mas ainda assim gostar do outro.

E a verdade é que quando assim não é, quando tenho que pensar, medir, escolher o que digo ou o que faço a um amigo fico com a sensação de traição.

Tenho amigos que quero ter para a vida e gosto de acreditar que os escolhi um a um, ou melhor que Deus os escolheu... mas é muito difícil imaginar que a nossa relação de amizade não tem como pilar fundamental a confiança e a sinceridade.

Fico perdida sem saber bem o que fazer!?


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

das amizades

Tenho uma amiga, que tem como passatempo preferido tirar fotografias e por isso quase sempre anda de máquina na mala. Isto desde a era pré-digital.
Confesso que muitas vezes achei irritante, até porque dado não ser nada fotogénica, na grande maioria das fotografias tenho tendência para parecer a croma do sitio...
Mas desde que para aqui vim de vez em quando ela manda-me umas fotos que eu nunca antes havia visto e para mim surgem como uma prenda que ela me dá, que me dá gosto e me faz ver momentos que eu não vi antes!

Obrigada a ela, por ter tantas vezes disparado a maquina ainda que eu estivesse a dizer: "Já chega!"...