segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

E hoje dia 23

tenho o peito cheio, uma imensa vontade de chorar, mas nem isso consigo.
O Natal está a chegar e por isso dói um pouco mais esta distância.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Festa de Natal (da empresa do pai)

Ambiente super descontraído.
Tudo pensado e programado.

Um Pai Natal delicioso e muita animação :)





segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Amigos para sempre

Tinham me dado isto. Li na altura gostei, sorri... agora parece que já passou tanto tempo e hoje volto a cruzar-me com este texto e hoje faz tanto mais sentido :)


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Músicas de Emigrante



O que prova que de facto existe uma nova onda de emigração no nosso país é o lançamento da música de Pedro Abrunhosa na tentativa de acompanhar os que partem.

Dantes ouvíamos a música "pimba", popular e que nos fazia saltar as lágrimas dos olhos, agora temos esta versão mais contemporânea.
No entanto a história é sempre a mesma e conforme vamos conhecendo quem tal como nós partiu, descobrimos e confirmamos que a vontade de regressar está lá sempre, como sonho, como desejo... mas sempre o sentimento de termos a nossa terra longe.



Jantar GJBB

Talvez não tenha ido a todos, talvez algumas vezes tenha achado que era demasiado complicado o dia, a disposição, sei lá!
Mas nos últimos anos não faltei a nenhum, e não faltei porque a verdade é que nos últimos anos redescobri estes meus amigos de sempre, que sempre o foram, com os quais sempre soube poder contar e com os quais sempre contei. Mas a vida ás vezes vai nos mostrando tanta coisa e nós vamos descobrindo mais tanta, que os que nos são mais certos, damos por garantidos e por isso mesmo não cuidamos devidamente deles.
E depois a verdade é que a minha vida girava em volta da minha paróquia e voltamos muitos de nós a cruzarmos nos exactamente em volta dela.
Os miúdos juntos na catequese, nos escuteiros, grupos de oração... 
Em cada ano passou a ser tradição o jantar de Natal e de facto foi perdendo pelo caminho alguns, e este ano perde-me a mim e ao Jorge.
Já falei tanto, já escrevi tanto sobre estes meus amigos, mas a verdade é que o meu coração está pequenino, porque sei que vão estar juntinhos e eu aqui longe...

Amigos de uma vida que de repente sentimos ter interrompido, sentimos ter rasgado, ter virado.
Mas sem sabermos como ou porquê, sabemos também que são de facto amigos para sempre, porque estão em nós, fazem parte de nós, são bocadinhos da nossa vida.


Hoje em particular lembro-me de vocês e sinto vos a falta, como se de facto pudesse estar sem um pedaço meu, porque ele está aí com vocês.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Tarefas

Sim, tenho sempre muitas. É verdade consigo manter os meus dias ocupados e desde que cheguei à Irlanda e apesar de não estar a trabalhar, posso garantir que nunca passei uma manhã ou uma tarde sequer  sentada no sofá.
A verdade é que tenho 3 filhas e toda a sua logística consegue-me manter ocupada (a mim e acho que a qualquer outra mãe).
E por isso o tempo que me sobra é sempre pouco.
Mas tem sido fantástico, porque de facto tenho acompanhado as minhas 3 filhas em tudo, tenho-as ajudado (ou ás vezes não) com todas as tarefas e tenho visto de perto o desenvolvimento delas em cada actividade.
A sensação que me dá, é que socialmente em Portugal ficar em casa é para quem não faz, ou não quer fazer, nada. Aqui é normal e é normal as mães dizerem na mesma umas ás outras que não conseguem dar conta de tudo... mas lá está aqui o normal é ainda ter filhos e muitos... talvez resida aí a diferença na percepção de tempo!

Ainda assim não consigo ficar indiferente aos inúmeros comentários maliciosos que vou ouvindo, do tipo: "pois tu nunca tens tempo", "parece que andas sempre ocupada!", "não sei como é que com tão pouco tempo aí já fazes tanta coisa!".
Não sou, nem nunca fui pessoa de ficar parada, também nunca fui menina de café ou de andar metida na casa das outras pessoas, até porque por norma gosto de passar tempo na minha (onde lá está tenho sempre tanta coisa para fazer!), a verdade é que gosto de fazer coisas, de me fazer útil, de me sentir útil, porque o tempo deve de facto ser vivido, não devemos simplesmente ficar à espera que ele passe.
E dado que se não fizermos nada o tempo passa na mesma, eu acho que mais vale ir fazendo alguma coisinha!!!

Quem me lê pode achar este desabafo demasiado óbvio porque me conhece, mas ás vezes para não Gritar para o alto, escrevo aqui... pode ser que ajude!





terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Festas

Hoje foi a "peça" de Natal das mais novas na escola.
E lá fui eu, toda equipada, arranjei-me (o que por estes dias é muito mais raro!), carreguei a máquina fotográfica e a minha mala em direcção à escola.
Quando lá cheguei faltava pouco para começar e a sala estava literalmente inundada.
Depois de identificar as minhas filhas no meio de todas as caras lindas devidamente alinhadas e formalmente fardadas, descobri que a Mariana chorava. Após alguns minutos a sorrir, a fazer adeus e a dar sinais de apoio e aprovação, olhei para a enorme quantidade de pessoas que me separavam da minha filha e pensei: "vai ser impossível chegar até ela", mas lá fui eu tentar. Fui pedindo desculpa, com licença e cada vez que explicava que queria chegar à frente porque tinha uma filha a chorar as pessoas simplesmente desviavam-se, já à frente, mesmo à frente, uma das funcionárias deu-me a minha menina, para eu lhe limpar as lágrimas e tentar resolver o que para ela era impossível. Lá conseguimos um entendimento e foi mesmo a tempo de voltar para o seu lugar e cantar a última canção.
Dado que a peça durou cerca de 20 minutos, certamente é fácil perceber que pouco vi, percebi, ou sequer fotografei.

Eu que desde sempre me queixo das festas das escolas que demoram eternidades, hoje estive numa que literalmente durou uma "birra"!!!

É de facto extraordinário ver a eficácia com que estes eventos são efectuados aqui, mas a mim hoje soube-me a pouco.
Pode ser que possa compensar no concerto da mana mais velha.

A foto possível à mana "indignada ".

As duas já em casa, no seu estado natural!




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sempre às voltas com as loucas saudades

Quando se deixa muito para trás vive-se com o coração sempre carregado.
Vivemos com uma lágrima sempre pronta a sair, com um sorriso rasgado à espera de cúmplice  e procuramos o abraço ou a simples palmadinha.
Passa a ser assim que se vive num novo país.

No meio de tudo isto descobrimos que as novas formas de comunicação suavizam o tormento de estar longe dos nossos. Cada partilha, cada chamada, cada conversa mesmo que escrita passa a parecer muito mais real.
Por isso dói quando, por sermos distraídos, descuidados ou desmiolados perdemos a oportunidade de ver os nossos, de os ouvir e quase parecer que os tocamos.
Dói tanto, que ainda dói hoje.
Os nossos, estão nas nossas raízes, são as nossas entranhas e por mais razões que existam... são mesmo sempre os nossos.


sábado, 30 de novembro de 2013

1º fim de semana de Dezembro

Foi num 1º fim de semana de Dezembro, do ano de 2000, que eu e o Jorge, juntamente na altura com o Projecto Esperança iniciamos a responsabilidade de em grupo assumir campanhas do Banco Alimentar na Baixa da Banheira.
O Banco Alimentar na altura já estava em Palmela e apesar de antes termos colaborados em campanhas para o BA de Lisboa, não tínhamos ainda assumido responsabilidade.
Cada ano desde essa data 2 campanhas.
Foi mudando muita coisa, até porque a nossa família mudou.
Fomos nos afastando e desde o nascimento das gémeas, nem eu, nem o Jorge assumimos mais responsabilidades. Passei a ser somente uma voluntária e desde à uns anos levava já a Matilde comigo.

Mas o 1º fim de semana de Dezembro foi sempre cheio.
Porque temos muitos daqueles que começaram e que se integraram neste projecto connosco a fazer campanha. A passar um fim de semana inteiro à porta de um supermercado. Porque passámos a ter uma "efectiva" no BA e tudo!
Porque tínhamos de ir fazer compras neste fim de semana a muitos sítios, porque à noite tínhamos de ir ao armazém ver a madrinha.
Enfim...
O 1º fim de semana de Dezembro é daquelas datas que ficam, porque tinham uma agenda.

Sinto hoje um pouco de mim aí nesse lado...


São fotos de 2003, as mais antigas que tenho em formato digital.



E agora uma em que já te encontras ;)

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Alegrias

Tivemos esta semana a 1ª reunião de avaliação na escola das miúdas e não podíamos vir mais satisfeitos.
Para além do feedback ter sido extraordinariamente positivo a atitude e as explicações das professoras mostram que de facto a pedagogia aqui é centrada na criança, que o professor de facto se preocupa com cada aluno.
As reuniões são curtas e objectivas, não se perde tempo com deambulações e assim os resultados são facilmente perceptíveis. Nenhuma das professoras se queixou de qualquer condicionante, nem colocou nem na criança, nem nos factores envolventes responsabilidades para os resultados menos positivos.
Gostei imenso.
Vinha de facto satisfeita.

Além disso as miúdas de facto estão a envolver-se e a iniciar um caminho comum com os colegas, quer a nível de aprendizagem, quer no convívio.
As gémeas ainda com as suas muitas limitações mostram na mesma a grande capacidade analítica que têm.
E a Matilde começa a participar nas aulas e a perder a inibição de não dominar uma língua que de facto não é a sua.

Um sistema de ensino muito, muito diferente daquele com que eu desesperei durante os últimos dois anos.





quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O que eu vou descobrindo

Descubro que aqui o normal é as crianças jantarem por volta das 17.00h. E que quando estão nos infantários ou ATL's, (e aqui atenção que a grande maioria dos mesmos, para não dizer todos, fecha ás 18.00h) é lhes servido lá o jantar!!!

Descubro que se faz o Crisma aos 12 anos.

Descubro (e isto estou a testemunhar com as minhas filhas mais novas) que as crianças aos 5 anos sabem ler!!!

As crianças deitam-se por norma ás 20,00h e os adultos cerca de 2 horas mais tarde... Para os meus vizinhos eu devo ser uma família vinda do espaço.

E através das fotos que me mostraram das primeiras comunhões do ano passado, descobri também que a minha filha este ano vai ser a menina vestida de forma mais simples da celebração.

Todos os dias descubro inúmeras coisas novas, algumas fazem-me de facto alguma confusão, noutras vai ser absolutamente natural tornar-me irlandesa... ora como no caso de vestir as crianças com vestidos lindos cheios de tule por ocasião dos aniversários... aliás já os vi e até já sei onde os encontrar lindos e em conta. Assim como partilho com os irlandeses a facilidade de caminhar para todo o lado.

Esta semana servi um chá aqui em casa e descobri que para eles é uma maravilha a nossa caixa de chá... adoraram poder escolher e colocar o saquinho na sua própria chávena.
Adoram e valorizam tudo o que é feito por nós.
E cada cozinhado que fazemos é um mistério delicioso e quando revelamos os "segredos" mais simples ficam maravilhadas. De facto saber misturar sabores na cozinha é algo maravilhoso que o sul da Europa sabe fazer como ninguém.

São inúmeras as descobertas e as adaptações... no dia-a-dia o que mais custa é de facto a língua. Quase que parece que nunca conseguimos ser tão autênticos como na nossa língua.




segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Saudade

"O vazio provocado pela ausência do que traz boas recordações. Sobretudo pessoas que partiram sem regresso, longe mas tão perto, algures perdidas por aí."

"Acaba por ser bom sentir saudades. Sinal de que existem boas recordações, graciosidade de momentos encarados nas voltas da montanha russa, de braços bem no ar, festejados em todos os segundos de felicidade. No regresso, no reencontro, nada melhor do que ouvir, e sentir, o "tive saudades tuas". O vazio da saudade não tem substituição. Pode ser ocupado, preenchido, sem nunca ser substituído por outro qualquer momento, pessoa ou sentimento semelhante. Existe uma saudade. Aquela saudade. A que sai do peito e invade todo o corpo. Que deixa um nó na garganta, uma vontade impotente a crescer."

"É um querer voltar sem remédio."


Foi retirado do link acima e apesar da saudade que me invade, é verdade só a sinto porque vivi muitas experiências felizes até aqui que me fazem sentir muitas, muitas saudades.

Obrigado a todos quantos me "obrigam" a carregar este vazio constante comigo.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Madalena a caminho de casa

Eu - Hoje vamos jantar à Rita.
Madalena - Qual Rita?
Olhei para ela, abri os olhos e disse: "então filha, qual Rita?"

Resposta imediata: "Mariana, temos de despachar que vamos apanhar o avião para Portugal!!!"...

Conclusão, temos que arranjar nomes diferentes para o pessoal :)


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

... Natal ...

todos os dias alguém me pergunta se vamos a Portugal no Natal?
Como tal todos os dias tenho de responder a alguém que não.
Das grandes diferenças é que quando é alguém de Portugal, tenho que dizer que não e depois tenho que responder a uma dezena de perguntas para justificar o Não. Quando é alguém irlandês, a pessoa sorri de volta e diz que vamos adorar o Natal por cá porque é magnifico...

De facto andando nas lojas percebemos que o Natal aqui é uma loucura... percebo ainda melhor quando na escola uma mãe me mostra a árvore de Natal que montou na 2ª-feira...

Enfim... coisas assim...




Too much...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Coisas que eu não percebo na Irlanda # 2 #

Quase todas as casas térreas têm quintal, sendo que o quintal é quase sempre ou maior, ou da mesma área que a casa e ninguém tem telheiros no quintal. Chove dia sim, dia não, mas ter telheiros para eles não faz sentido!!!
Acrescento ainda que nunca vi uma marquise, mesmo nos apartamentos que são minúsculos e têm varandas enormes!!! E quem vive nos apartamentos não pode estender roupa para a rua...


as miúdas

As miúdas ainda estão em fase de adaptação e apesar de tudo parecer natural e já termos rotinas normais de cada dia, a verdade é que as mudanças foram muitas.
As gémeas têm mostrado alguns comportamentos regressivos, as birrinhas vão e vêm e no meio de tudo cada um de nós (pais) vai tentando equilibrar.
Depois da êxtase dos primeiros dias, eis-nos chegados à fase em que precisamos de realmente fazer valer a nossa decisão.
E todos os dias temos que voltar a dizer que sim gostamos muito de Portugal e sim gostamos muito de todos quantos lá deixámos, mas foi aqui que o pai arranjou um novo emprego, um emprego bom e que no futuro pode e vai de certeza ajudar a nossa família a viver melhor. E depois de toda esta conversa voltam as perguntas, voltam as frases, voltam as juras.
Para as minhas gémeas a Irlanda roubou-lhes os amigos, a escola, a professora e tudo o resto, até lhes roubou o chouriço :(

No longo prazo todos sabemos que se aqui continuarmos serão elas as que menos recordações vão ter de Portugal e como tal também as que menos saudades terão. Mas agora e ao contrário daquilo que pensávamos elas são as que menos vontade têm de ficar...
É com elas que eu cada dia tenho de firmar esta opção de ficar e acreditar num futuro melhor.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

... no meio de tudo ...

A experiência do Halloween fez-me de facto recordar a nossa tradição dos peditórios na altura dos Santos Populares e também agora nos "Todos os Santos".
E é incrível ver as casa todas decoradas, as portas quando se abrem sempre com corredores cheios de imaginação e com mãos carregadas de doces e caras cheias de sorrisos enfim, o Halloween mostra de facto um pouco do povo irlandês.
Aqui na nossa rua, tirando os foguetes e os grupos de meninos a pedir, mais nada se via ou ouvia.
A festa é feita de forma ordeira e super organizada sem confusão ou gritaria.
Os adultos participam quer para acompanhar os miúdos, quer para dar os doces em cada porta e muitos vestem-se a rigor.

No meio desta experiência, dou por um homem adulto a olhar fixamente para as minhas filhas e olhava mesmo muito e eu pensava, mas que raio, qual é o problema. Até que o Sr. percebeu a minha desconfiança e perguntou: "São portuguesas?". Aqui parei olhei para ele, olhei para elas e perguntei dentro de mim, como as miúdas não falaram português!!! Antes que eu falasse e talvez porque a minha questão estava estampada na minha cara, ele disse: "o saco dos doces é da EDP!".
Ri, ri muito. Confirmei que éramos de facto portuguesas, contei brevemente a minha história, ele contou a dele, as miúdas percebendo o que tinha acontecido voltaram aquela porta para agradecer e desta vez em bom português.

Resultado na noite de Halloween descobri 2 ruas acima da minha, um vizinho português.



Halloween

Ontem vivemos a nossa 1ª noite de Halloween na Irlanda.

Casa pronta toda enfeitada, doces comprados, abóbora preparada, fatos prontos para vestir.
Até o jantar eu fiz de acordo com o tema.

Foi de facto uma verdadeira festa.

As manas vestiram-se a rigor, jantaram e por volta das 18.30h já ninguém as aguentava em casa.
Aliás sempre que tocavam à nossa campainha elas perguntavam e nós não vamos?

Nesta noite e talvez devido a ela, o Pai atrasou-se e como tal se eu fosse com elas não distribui os doces.

Então ficou acordado que enquanto esperávamos pelo pai, elas iriam sozinhas bater nas portas perto de nós.
E assim foi.
Fiquei a ver de perto, depois um pouco longe e depois fechei a porta e fui com elas que a rua ainda é comprida.






sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Coisas que eu não percebo na Irlanda # 1 #

O porquê de não existir pão de jeito e a farinha ser a metade do preço que em Portugal!

Têm pão francês, pão polaco, têm pão de soja, pão para celiacos, múltiplas marcas de "Panrico"... mas pão caseiro normal, de forno normal... não existe... a sério não entendo :(

E quando se pergunta qual é o típico pão irlandês, olham para nós e respondem: "baguete"!!!

A sério!?

E nem vou referir os escandalosos preços do pão, que nos obriagam (dado sabermos o valor real do mesmo) a procurar promoções!!!



terça-feira, 22 de outubro de 2013

a dizer

tenho tanto para dizer, tanto para contar e no entanto parece que quando quero dizer, enfim nada sai, e o que sai nem sempre é lógico, ou compreensível.

change (life)

They’re always changing. We are never stagnant. I am not who I was yesterday, forget about a year ago. You have to give yourself enough room to grow into who you are and then not be so attached to it that you won’t let yourself become who you’re going to be. Things didn’t work out because, well, greater things were in the works. It’s so difficult while we’re blind and hurting and don’t know which way is up. But, if you have faith in anything, have faith in the fact that the universe has a beautiful way of straightening things out far better than we ever could. You may not see it today or tomorrow, but you will look back in a few years and be absolutely perplexed and awed by how every little thing added up and brought you somewhere wonderful– or where you always wanted to be. You will be grateful that things didn’t work out the way you once wanted them to.

Não é meu... foi tirado daqui:


Actividades Extra Curriculares




Esta mudança obriga-nos para já a não conseguir integrar as miúdas em tudo o que gostaríamos, ou que nos habituamos.
No entanto, a Matilde iniciou logo com o ano lectivo duas novas experiências, o futebol (um sonho já com quase 2 anos) e o Coro Pop. Um género de Glee Club da escola, mas mais simples, pois os miúdos ainda estão na primária.
Ela gosta e é uma forma de aprender melhor ainda a língua... eu adoro :)

Esta é uma das músicas que ela está a aprender :)


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Powerscourt House

Este fim-de-semana visitamos Powerscourt House.
Uma casa antiga rodeada de jardins magníficos.









Voltarei certamente a este local, mas para a próxima, vou fazer caracóis nos cabelos das miúdas, vestimos os nossos vestidos de passeio (bem compridos e com cauda, claro!), exibiremos os nossos chapéus e recriaremos uma família tradicional nos tempos antigos.

Essas sim, seriam umas fotos fantásticas :)

amizades

Curioso, é normal lermos que com a idade vamos perdendo amizades.
É normal um adulto dizer que o que conta são os amigos serem bons e não interessa serem muitos.

Tenho a graça da grande maioria das minhas amizades terem crescido pela fé.
E com os anos fui aprendendo que não é necessário uma presença constante para sabermos que temos amigos de verdade.
Nunca os enumerei, ou contei, mas agora que mudei geograficamente o meu sitio verifico que posso dizer que tenho muitos amigos.
A distância agora será maior do que o que seria, mesmo quando não existe uma proximidade física permanente. Como tal o desafio de todas as minhas amizades é maior.

Tenho amigos que sei serão para a vida.
E sinto-lhes a falta mais que tudo.
Sinto a falta de saber que os tenho por perto.
Sinto a falta de poder a qualquer altura simplesmente falar com eles.

Sim as tecnologias de hoje ajudam... mas a distância física que sabemos existir não desaparece.

Sinto-lhes a falta, como se tivesse deixado algo muito meu, fora de mim.

É tão saber o que é ter amigos e tão bom, mesmo longe sabe-los perto.
Mas ainda assim doí muito.

Acredito que é de facto esta a maior dificuldade ao mudar de vida.
Viver sempre acompanhada por este "buraco" dentro de mim.




sexta-feira, 18 de outubro de 2013


Hoje assinala-se o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza.
E sem dúvida esta é uma das questões que mais me preocupa nesta altura.

Quando tudo fica tão difícil para quem sabe lutar, o que acontece aos que de uma forma ou de outra, por um motivo ou outro, não sabem, não querem, não conseguem... e ficam isolados, sozinhos e abandonam-se.

Estamos sempre todos tão perto destes flagelos que no lugar de tenderem a desaparecer, pelo menos, no dito mundo civilizado, cada vez são mais recorrentes.


o Sol

Em mais um dia de vendaval na Irlanda, e neste assunto tenho que dizer que me sinto enganada, sim sabíamos que o tempo era mau, mas o que se dizia é que a chuva nunca caia como em Portugal, constato o quanto gosto do sol.
Não é necessariamente do calor é do Sol.
Do seu brilho, da sua luz.
De o sentir a queimar o rosto.

Ainda assim por enquanto não me posso queixar, acho que ainda não tive mais de 2 dias sem o ver.

Mas que toda esta paisagem ganha bonitos tons com o Sol, sem dúvida :)

Tenho que pedir ainda mais a S. Pedro para interceder por nós junto de S. Patrício, o protector e guardião da Irlanda.




quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A irlanda

Já vou com 2 meses, de facto parece que já passou pelo menos meio ano.
É incrível tudo o que acontece e se sucede quando mudamos de vida.
Já tive muitos amigos a emigrarem e egoístamente nunca pensei que fosse assim. Não é só pela dificuldade, não é só a saudade. Mas a verdade é que eu mudei-me, com 12 anos de casamento, com 3 filhas, com uma casa montada, com rotinas definidas e hábitos criados.
E repente, temos que dormir numa cama que não é nossa.
Comer em pratos que não comprámos.
E temos a casa possível e não a nossa casa.

São muitas, muitas mudanças.
Umas pequenas, outras maiores.

À uns dias eu e o Jorge falávamos que quando compramos casa fizemos questão de comprar mobílias para a vida, electrodomésticos para a vida, sei lá até os candeeiros e os cortinados... e no fim quando embalei tudo (e nós trouxemos 10 metros cúbicos das nossas coisas) não trouxemos uma única dessas coisas, que foram compradas para a vida!
Trouxemos aquilo que sabíamos que realmente ia ser necessário... o resto ficou.

Dividimos, demos e ainda guardámos... 

No entanto entre tantas perdas, os ganhos são de facto maiores.

A verdade é que ninguém sai do seu país satisfeito, ninguém sai se não acreditar que é para melhor, ainda que implique muitos sacrifícios.


De tudo o que mudou o que mais me satisfaz é ver as minhas filhas com o oportunidade de receberem uma boa educação e ver o meu marido a trabalhar num sitio que gosta, que o desafia e que ainda assim lhe deixa tempo e paciência para viver a nossa família.


This is my new live... and i'm living it in Ireland :)



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Visitas

Estava a ver se passavam mais uns dias... para conseguir falar sobre a alegria que foi abrir a porta desta "minha" casa para os meus amigos.
É verdade com menos de dois meses de Irlanda, tivemos a grande graça de receber os padrinhos da Mariana, que nos visitaram, por altura do aniversário da afilhada.
Sim, são amigos mesmo de verdade daqueles para quem a nossa casa, era uma continuação da casa deles, mas ainda não tinham dormido na nossa casa, tomado o pequeno almoço e tudo o resto...
Foi giro.
Foi único.
Partilhar uma casa, rotinas, hábitos.
Descobri que o P. não bebe leite, que afinal a N. aguenta uma noite na conversa... e mais um sem fim de coisas.
De manhã lembrava-me da minha tia do Alentejo, que no Verão abria as portas da sua casa, para a família do Barreiro. Certamente algumas vezes cerca de 15 pessoas "acampavam" naquela modesta casa e cada manhã tínhamos o café na mesa, à nossa espera. Não sei como mas havia camas para todos... toda a gente almoçava e jantava em casa!!! Era de facto uma casa de família :)

Nesta minha, foram só 2... mas fez-me perceber a alegria de partilhar a companhia de uma visita.
Nos tempos actuais eu estar na Irlanda, é mais ou menos a mesma distância da minha tia na aldeia, no interior do Alentejo.

Foi de facto maravilhoso.
O meu coração ficou cheio, tão cheio que ainda sinto a alegria de ver chegar a madrinha e de no meio da chuva irlandesa, as minhas filhotas saltarem para o colo do padrinho!!!

As nossas primeiras visitas na Irlanda.
Esperemos que as primeiras de muitas.



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

5 ANOS

Faz hoje 5 anos que recebi esta graça.
A graça de ser mãe de duas crianças que são sempre e mesmo sempre, super divertidas.
Quando nasceram, não me apercebi na altura da sua fragilidade, e a verdade é que desde esse dia e até hoje, elas são fisicamente mais frágeis que a Matide.
Todos os Invernos são um problema e agora aqui, ainda nos custa mais, pois a humidade está em todo o lado :(
Mas a verdade é que desde sempre são umas guerreiras e umas sobreviventes.
Sempre superaram tudo e continuam sempre a correr a pular, a rir e a brincar.
Costumo dizer que tenho 2 palhaças em casa e não é mentira, de tudo elas tiram um lado divertido e mesmo gozão. São de facto apaixonadas pela brincadeira e a prova é que só se estão a render a aprender inglês, para se meterem com as pessoas e puderem continuar a ser "palhacinhas".

Agora que mudamos muito na nossa vida, olho ainda mais para a minha família e verifico realmente a graça que Deus me deu.

Hoje é um dia diferente.
Será o 1º aniversário das minhas meninas em terras estrangeiras. Sem avós, sem tios, sem padrinhos e sem amigos de sempre...
Claro que vão ter festa com direito a visitas e tudo :)
Mas nestas datas, tal como damos mais valor ás bençãos recebecidas, também sentimos mais as faltas que temos.

Já passaram 5 anos.
Elas cresceram e muito :)
E nós crescemos muito com elas.

Madalena e Mariana vocês são o resultado do meu maior desafio, a minha maior batalha e a minha maior conquista. Nunca deixem de me mostrar a alegria de todas as coisas, e nunca percam a constante animação que vos caracteriza.
Porque o amor não tem limites e cada dia aprendo a amar mais.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Não sou nova... mas mudei

Nestes dois últimos anos tive de enfrentar imensos fantasmas, tive de procurar forças para lutar contra tantos comportamentos instalados e que passamos a considerar como naturais.
Desde que deixei de ter emprego fixo, tive inúmeras vezes que me reinventar.

Apesar de ser um processo moroso de metamorfose, tem intrinseco a novidade e a descoberta, e a posibilidade total de ser de facto quem quero ser, para quem passa a constituir o meu dia-a-dia.
E o resultado foi que cresci, cresci imenso e não é num sentido romântico, é mesmo e porque de verdade posso dizer que sou aquilo que talvez seja supostamente a designação de adulto.
Construí-me.
Melhor dito, alicercei de facto a pessoa que sou.

Neste último ano, esta última experiência profissional, mostrou ainda mais a infinita capacidade que temos de superação.
Dar aulas no ensino superior, lidar com a juventude, que sonha com um mundo de trabalho (ainda distante), que considera ter a razão e tudo o resto que nos caracteriza a todos enquanto jovens. Foi sem dúvida até hoje o maior desafio da minha vida profissional e seria louca se não dizesse que foi o mais enriquecedor. Trabalhar com o conhecimento, ser ponte de ligação, partilhar ideias num plano sem limites ou constrangimentos, para mim foi fazer algo que nunca havia considerado ser capaz. Foi um orgulho descobrir esta capacidade.
Nesta experiência era impossível deixar de fora, toda a componente emocional, regressar à antiga escola, onde estudei, trabalhar com os professores que no passado me deram aulas, muitos dos quais admirei, tendo pelo caminho tornado alguns como amigos de sempre.

A capacidade que mostrei ter neste ano, de agarrar em desafios e transformá-los, faz me olhar para o futuro com maior optimismo, sem dúvida, deu-me muita confiança. Não quer isto dizer, que em cada dificuldade tenha sido brilhante, o que quer dizer é que consegui olhar para cada obstáculo e transformá-lo, sem medo de ficar parada. A verdade foi de facto essa, não senti medo, ou melhor acreditei ser capaz e ajudou ter à minha volta quem também acreditou.

E agora, chego aos 36 anos e não sei, não sei qual o meu futuro profissional e pode parecer palerma, mas olho para ele com uma ânsia de possibilidades.
Mas peço, peço muito para não me desiludir e poder continuar a desenvolver a pessoa que sou, também no trabalho...

sábado, 28 de setembro de 2013

Já agendaram

E depois de tanto tempo agendaram a instalação da Internet e do telefone para dia 07 de Outubro.
Eu sei, eu sei... é depois dos anos das manas mais novas, mas já está agendado, agora vamos descobrir se por aqui se cumprem os agendamentos!!!

Espero que dentro em breve seja fácil voltar a andar aqui.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Heróis

Todas as crianças têm os seus heróis, são figuras boas, que estão acima de qualquer imoralidade e que as sustentam no seu crescimento como um ponto de referência.

Eu estou a perder um dos meus heróis de infância, ou melhor dito, estou a perder o meu herói.
Isto mostra duas coisas, uma que não são as pessoas que nos iludem, mas somos nós que nos iludimos quanto a elas, somos nós que as construimos, que as desenhamos, e muitas vezes certamente, de forma tão elevada que é fácil os heróis errarem.
A outra conclusão, é que cresci.
Parece ridiculo, eu sei. Parece uma conclusão óbvia.
Mas não o será certamente.
Crescer não é fácil, nunca foi e nunca será. E em muitas coisas nós demoramos mais a crescer...

Eu não sei quando conseguirei perder a meninice que sempre existiu em mim.
Mas sei, que os meus heróis da infância, já só são boas recordações de uma criança que tantas e tantas vezes viveu num mundo de fantasia.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

...

eu juro que escrevi um texto enorme sobre: 1 mês de Irlanda... mas a minha net é tão boa... que se eu fico muito tempo a escrever isto vai tudo abaixo....

Então e agora porque é que não escrevo outra vez?
Porque tenho kilos de roupa para ir passar a ferro... porque nós mudámos de país... mas continuamos a ser 5!!!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A escola

Logo que a ideia se tornou um pouco real, a primeira coisa em que pensámos foi nas miúdas.
O mais provável era as gémeas mudarem de escola, mesmo em Portugal e a Matilde, bem a Matilde eu continuava sem saber muito bem o que fazer :(
Assim, procuramos imensa informação sobre o sistema educativo na Irlanda.
E percebemos que nas regras e na configuração não diferia muito do nosso, com outros nomes, outras regas, mas no geral simples de entender.
Como tal, a casa e a escola passaram a estar interligadas, tinham de ser próximas e darem oportunidade de as miúdas todas estudarem na mesma escola. Assim aconteceu.
Eu até acho que o Jorge primeiro escolheu a escola e a paróquia e só depois encontrou a casa.

Apesar de termos tudo agendado com os senhorios para a casa logo desde a 2º semana de Agosto, não podiamos tratar de nada relacionado com a escola, pois as mesmas só reabriam dia 22.
E então foi nesse dia que liguei para a escola, que logo ali depois de explicar a situação aceitaram a matricula das minhas filhotas, que me enviaram tudo por email e pude também, da mesma forma, efetuar a inscrição. Agendei a visita á escola, programei horários, material, fardamentos.

Aliás o fim de semana seguinte foi só garantir que comprávamos todo o material necessário e que é muito.

Entretanto já fomos à escola (eu e as miúdas) conhecemos as instalações, o director, o pessoal administrativo e a Matilde conheceu a sua nova professora.

Não faço a menor ideia como vai correr o ano lectivo.
Elas vão ter muitas experiências para aprender e absorver.
Mas uma coisa eu sei, a forma educada e simpática como todos receberam as minhas 3 meninas transmite-me a mim muita confiança.
E amanhã que será os seus 1ºs dias de Escola em terras irlandesas, vou cheia de Esperança que seja um ano de aprendizagens e conquistas felizes.



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A casa

A casa provavelmente terá sido a tarefa mais difícil que o Jorge teve desde que chegou á Irlanda.
Primeiro porque o mercado de aluguer de casas aqui é uma loucura, os agentes nem se preocupam muito, porque sabem que é quase garantido que vão alugar, depois porque nós ainda não temos noção nenhuma das zonas e como tal temos que confiar no que nos dizem.
Assim sendo e depois de muitas visitas, muitos contactos e depois de termos subido o valor que estaríamos disponíveis para pagar de renda, conseguimos casa.
O Jorge na altura e graças ás novas tecnologias fez-me uma "tour" da casa.

Mas ontem quando lá entrei e apesar de ter gostado muito, achei-a pequenina, cada divisão é mais pequena do que aquilo que pensava. Mas ainda assim acho que dá para organizar da maneira que pensámos.

As miúdas adoraram o quintal, esse por incrível que pareça a mim até me pareceu maior que nas fotos. Todo o tempo que tivemos na casa, elas estiveram a brincar no quintal.

De resto o casal que nos vai alugar a casa, parece super simpático e pronto a ajudar, caso tenhamos algum problema.

Em Setembro iremos para esta nova casa, e aí vamos esperar pelas nossas coisas, o que certamente vai fazer com a casa ainda pareça melhor.

Logo que tenha fotos, prometo que mostro tudo :)



terça-feira, 20 de agosto de 2013

Chegámos

Chegámos à dois dias e apesar da saudade e de uma certa nostalgia, as coisas acontecem e sucedem-se.

Ontem fomos de metro ao centro da cidade para irmos os 5, à Segurança Social tratarmos da nossa entrada no país.
Logo no metro as pessoas tentam que nos sentemos juntos, pois respeitam que chegou uma família, senti isto quando ia para lá e depois quando voltei.
Chegados à segurança social, aquilo a nós chamamos fila da triagem, tem 1 funcionário a atender, e cerca de 5 pessoas à nossa frente. Quando explicamos ao que íamos, fomos atendidos de imediato, por sermos uma família. Estivemos menos de 20 minutos lá dentro.
Tenho andado pelas ruas com elas e tem sido tudo muito pacifico.

Claro que desde que cheguei sinto a falta dos estores de manhã quando a luz teima em entrar nos quartos, sinto a falta dos bidés (e logo eu grande adepta), estranho imenso os sabores do leite, do pão e da manteiga.

Mas é giro descobrir coisas e pessoas novas.. 
Elas também estão a achar giro e a verificar a infinidade de possibilidades novas para descobrir e explorar.

Vamos tomando nota :)


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Despedidas

Foi mais de um mês de despedidas, houve amigos que assim que souberam que iríamos embora, marcaram jantares, encontros, convívios.
Também aconteceu, com alguns não termos mesmo tido oportunidade e com muita pena minha, ficam nesta secção a família Santos e a família Santos Salgado.
Ainda houve os que não aceitaram que a sua despedida tivesse sido à mais de um mês e meteram-se todos no carro, e saíram de casa directos para o aeroporto, enquanto aguardávamos na fila para fazer o check in!

As despedidas são assim, são acontecimentos suspensos, onde descarregamos os sentimentos que nos unem ás pessoas.
Deixei no outro lado do Oceano tudo isso.

De facto viemos em família, viemos os 5. E é bom, é óptimo, aliás não o quereria de outra forma.
Mas deixo uma parte de mim noutro sitio, e uma parte muito Grande.

É como se de facto passasse a ser menos, mais pequena, não mais vazia, porque os sentimentos não diminuem, mas menor, porque uma parte de mim não está comigo, está dividida num número imenso de pessoas.
Família, amigos mais chegados, amigos de sempre, amigos de convivência, amigos de amigos... sei lá tanta gente que sinto a falta, que vou sentir a falta, que me fazem falta.


É tudo novo, está tudo no começo, ainda não existe perspectiva... é tudo fresco!!!

E como todas as novidades, é desconhecido e transporta tudo o que possa ter de maravilhoso e tudo o que tem de desesperante.





quinta-feira, 15 de agosto de 2013

sábado, 10 de agosto de 2013

uma frase antiga, recuperada e que hoje faz todo o sentido

"tenho irmãos que são como se fossem meus amigos, e amigos que são como se fossem meus irmãos; tenho pessoas que me amam apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos seus"

Armando Fuentes Aguirre (Catón), jornalista mexicano


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Gaiola Dourada

A nossa também se transformou numa experiência engaiolada!!!
Fomos as 2, armadas em gaiteiras, manas felizes para uma sessão de cinema. As duas, nem sei se algum dia tínhamos ido só nós.
Resultado 1ª parte do filme, cheia de atropelos, parou no intervalo e não conseguiam colocar a cena seguinte...
Depois de 2 horas no cinema, viemos embora, sem ver o resto do filme, por sugestão das funcionárias!!!

Parecia de facto uma cena de cinema :(





segunda-feira, 5 de agosto de 2013

é lindo demais para não ficar registado, na minha suposta eternidade

“Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo.”

— Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

momentos

"...E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre." 
Retirado do Livro Equador de Miguel Sousa Tavares

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Cada situação cada birra

As manas mais novas desta casa têm imensa dificuldade em ultrapassar obstáculos. Quando vêm que vão ter dificuldades com alguma tarefa, tentam desde logo desistir, se tal não resultar optam por iniciar um choradinho mais ou menos em tom de inicio de birra. Muitas vezes não conseguem levar a delas e acabamos mesmo numa birra a sério.
Com todas as mudanças tenho tentado ir buscar paciência onde nunca sonhei ter... 
Mas confesso que esta atitude de choramingar sobre tudo me incomoda a sério... mas a verdade é que eu lembro-me (e para eu me lembrar, devia ser mais velha!!) de também eu ser assim!!!
Aí, Senhor "quem sai aos seus..."




terça-feira, 30 de julho de 2013

30 Dias

Estivemos 30 dias seguidos os dois juntos.
As tarefas eram imensas e com companhia tornavam-se mais fáceis.
São tantas as coisas que temos que tratar quando decidimos "mudar".
Fizemos tudo juntos.

E agora começa hoje a nova aventura.
Começa devagar.
Começa para Ele.

Eu fico a manter o forte, ele vai na descoberta, cimentar o futuro.
Vai procurar casa, carro, escolas e todo o sem fim de coisas que durante 30 dias nós desmantelámos aqui...

Hoje é um dia diferente.
É verdadeiramente um dia de mudança, apesar de fisicamente, para mim ainda não o ser.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Saudade

É engraçado, porque começamos a sentir saudade de casa, antes mesmo de sairmos dela.
A verdade é que este sentimento, carregado de nostalgia, desperta em nós um espaço, que existe, que é físico, que quase seria palpável, e por isso sabemos exactamente o que ele representa, ocupa, onde se posiciona.
Daí ser possível sentir Saudade mesmo estando presente.
Nessa caracterítica sou completamente portuguesa. Consigo sempre ter um canto dentro de mim carregado de nostalgia.
Procurei sempre contrariá-lo, pois todos temos tendência para romantizar o passado... mas agora vai de facto ser difícil, não deixar que as lágrimas irrompam.

Vou ter saudades da minha casa, das minhas gentes, do meu espaço, das ruas, dos cheiros, de sentir o vento quente ou frio.

Quando passo Beja, o meu peito fica cheio.
Quando desço a Rua Augusta, sorriu naturalmente.
Quando entro na minha Igreja da Baixa da Banheira inundo-me de paz!

Sei lá mais quantos sítios me causam sensações, emoções, que estão sempre em mim.


terça-feira, 23 de julho de 2013

Casa arrumada

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.


Carlos Drummond de Andrade; "Casa Arrumada"

Como este poema mostra, uma casa não são de todo as paredes, ou os tarecos que nela se acumulam, mas são as histórias e as vivências partilhadas, e é por isso que me está a custar tanto esvaziar a minha :(
A sorte é que tenho dividido muito do que nela se encontra (ou encontrava) e assim ela vai para sempre existir por aí!!!



segunda-feira, 22 de julho de 2013

a minha mente é tão pequenina

Ao visitar a exposição da Joana Vasconcelos, no Palácio da Ajuda, constato o quanto a minha mente é pequena.
A capacidade de criar.
A capacidade de olhar para qualquer coisa e transformar em algo diferente, independentemente de ser magnífico, normal, ou até não se gostar.
A criação, o processo de mudança, o alterar, o modificar, o conseguir imaginar, conjugar materiais e objectos, num acto de criação é de facto podermos constatar que a mente humana não tem limites e que essa falta de barreiras no pensamento pode levar-nos cada vez mais longe.

Simplesmente adorei :)








sexta-feira, 19 de julho de 2013