quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A bom tempo

Fomos em família no Sábado, fazer o nosso pique-nique. Correu super bem.
Por puro descuido nunca tinha ido para Monsanto. Adorei.
A Matilde já conhecia, mas adorou na mesma.
As gémeas fartaram-se de correr e brincar!
E eu e o pai estávamos na rua... que bem que nos faz a todos andar na rua.

Foi tão bom :)

Assim que o Sol volte, nós voltamos também.




sábado, 22 de outubro de 2011

Hoje vamos fugir

Beijos e até logo :)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sim não está esquecido


As gémeas fizeram 3 anos...
e fotos?
Não estão esquecidas... estão +/- na gaveta.


Ainda as mudanças

A propósito dos últimos acontecimentos cá em casa, este texto não podia estar mais certo.

E ainda assim a minha filha ouve muitos Nãos. Levanta o prato da mesa e faz não só a cama dela, mas também a das irmãs (claro que as faz, ainda de uma forma muito primitiva!!!).

Ainda assim, não percebe os nãos sucessivos da Professora, começa a deixar de ter carinho por ela e irrita-a solenemente essa ideia que não se pode andar em pé pela sala, nem falar com os colegas das secretárias à volta. Note-se que a Matilde logo na 2ª semana de aulas ficou sem colega de carteira e os colegas à volta dela, também já estão todos sozinhos!!!

Estratégias?

Sobre a frustração e os professores

No jornal i

As crianças, por definição, acham que podem fazer o que querem. Eles nascem assim: se têm fome, têm de comer já, se têm sono, têm de dormir imediatamente, se querem brincar com a chave do carro que está em cima da prateleira de vidrinhos, têm de trepar a prateleira de vidrinhos. É assim que funciona a suas cabecinhas e elas não acham concebível que o mundo funcione de outra maneira. Muitas vezes, quando os pais se apercebem que em vez de filhos estão a criar monstrinhos, já é tarde de mais: eles já não aceitam um “não” como resposta, choram mais do que falam e gritam mais do que riem.

Até que vão para a escola. E na escola inicia-se o processo de frustração e aprende-se o significado do não. Ali, os meninos têm de funcionar em grupo, têm de respeitar hierarquias e as ordens não são meros conselhos. Não, é mesmo não. As crianças aprendem a viver e a conviver com as frustrações, quer os pais queiram ou não.

Hoje, cabe também aos professores e educadores a função de explicarem a uma criança que nunca fez a cama ou levantou o prato da mesa, que tem de fazer os trabalhos de casa, tem de arrumar a cadeira, tem de pôr as tampas nas canetas e que não pode falar nas aulas. Ou seja, que não querer fazer, não é o mesmo que não fazer.

Um dos meus filho revelou-me recentemente que gosta da escola mas acha “que os professores tornam a escola uma seca”, (que é a mesma coisa que dizer que gosta de omeletas, mas que gostava mais se elas não tivessem ovos). Ou seja, para ele a vida devia ser uma festa contínua, aulas incluindo, e os professores são um obstáculo à rambóia, são uma espécie de “horas para chegar a casa”. Conclusão: está tudo bem na escola. O processo de desenvolvimento da minha criança está saudavelmente em curso. Com a preciosa ajuda dos professores dele, que me ajudam todos os dias a educá-lo. Ou seja, ele está saudavelmente frustrado.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Não consigo pensar em mais nada… hoje devia ser dia de Luto Nacional

As notícias do dia de hoje deixam-me num misto, misto de revolta, desilusão e até de boca aberta, pela surpresa que me causam.
Não consigo concordar, com o corte dos subsídios de Natal e Férias, com o aumento
do IVA no cabaz apresentado (existem sem dúvida itens a questionar), com o aumento
da jornada de trabalho, com a não privatização da RTP, e que a medida seja mais ou
menos: vamos tentar reduzir aquela máquina financeira, que nas Forças Armadas o
corte apresentado seja por fim à maioria dos Contratos a Prazo e ao nº de Voluntários
(sim sem dúvida que esse é o maior problema das Forças Armadas, não é a fila de altas
patentes quer no activo quer no inactivo com mil e uma regalias de luxo). E ainda que se
consiga pensar em todas estas medidas e se continue tal como está também publicado,
a adiar a reorganização de inúmeros serviços públicos, que toda a opinião pública,
considera que deveria ser o 1º sitio a cortar!
Depois existe um conjunto de medidas que sim, têm de ser tomadas e parecem normais:
obrigar os organismos públicos e o próprio estado a pagar a tempo e horas aos seus
fornecedores, multar os beneficiários de serviços públicos que não cumpram com as
regras e pagamentos e mais algumas!
Depois existem aquelas que até são ridículas e que mesmo assim são escritas, pensadas
e discutidas: “Membros do Governo só possam deslocar-se em classe executiva nas
viagens de avião superiores a quatro horas”, porque mais de 4 horas, as suas elegantes
pernas não conseguem ir mais apertadinhas! E se o voo fizer escala? É melhor legislar
este principio muito bem!

E sim de facto tudo isto me deixa louca de raiva por dentro, como o meu marido diz, ao
ponto em que parece que me vai saltar uma veia!

Mas o que me chateia mais, é ficar parada a ouvir o comentário do povo:
  • então mas os subsídios são só para a função pública;
  • o aumento do horário de trabalho vai ser benéfico, principalmente para a indústria, porque assim as fábricas pagam o mesmo e aumentam a produção;
  • então as famílias têm de se habituar que não podiam para sempre viver tão bem!
E enfim, mais um sem fim deles, entre os quais o “não te chateies hoje é 6ª-feira!!”.

E a sério eu gostava tanto que este tipo de situação não me deixasse assim, triste,
deprimida, angustiada… mas eu não sou assim.
Eu penso para a frente.
Eu penso na quantidade de homens que eu conheci que trabalhavam por turnos rotativos
de 8 horas, a ganhar 500€. Homem de 30, 40 e 50 anos, que tinham famílias que faziam
trabalhos pesados, sim é verdade trabalhos não qualificados, mas difíceis para levarem
menos de 500€ para casa.
Penso nos inúmeros trabalhadores por conta própria, que este país ainda tem, e que
passa imensas dificuldades por manter os seus negócios.
E no limite penso no número imenso de famílias que com estas medidas e o aumento
galopante das situações de desemprego, vão mesmo passar dificuldades.
E rezo, rezo muito.
Porque no meu egocentrismo, penso em mim.

CM