segunda-feira, 15 de setembro de 2014
A nossa terra
Estava a ver uma fotoreportagem baseada na ideia de mostrarmos aquilo que nos liga à nossa terra, depois de a deixarmos.
Curioso que esta semana as gémeas tiveram que fazer essa construção para um trabalho da Escola.
Tiveram que reunir fotografias de quando eram pequenas e contar o que distinguia a terra delas das outras, isto claro pelos olhos de meninas de 5 anos.
A maioria das vezes referiram o Sol, o calor, o podermos passear sem casacos. O ir à praia com a escola. Sair da praia de noite e mesmo assim não ter frio. As festas populares pelas ruas nas noites de Verão, com bolos, algodão doce e divertimentos. O lanchar em bancos de jardim e o correr pela relva que nunca está molhada! As piscinas abertas!
Achei curioso tudo o que diziam e espero que o consigam transmitir tudo isto à professora.
Eu para além de tudo isto que elas dizem sinto a falta da minha terra em si, de andar na rua e conhecer cada esquina, cada canto e conhecer as pessoas e acenar-lhes e dizer "Bom Dia"!
Sinto a falta (e muito) da comida, dos nossos produtos, das nossas lojas, dos meus hábitos de compra, das ruas que já conhecia, das lojas de sempre!
Sinto a falta de saber que todos quanto guardo no coração estão à distância de um autocarro, um comboio, uma rua, um quarteirão.
Sinto-me a falta.
É isto que passa a acontecer... a saudade passa a ser saudade de quem éramos naquele sitio, como se fosse possível, percepcionar o nosso espaço ainda que ele não nos pertença.
É como se continuássemos a viver lá... mas sem lá estar.
E certamente será muito por isso que quando regressamos tudo fica um pouco distorcido....
A reportagem está aqui: http://p3.publico.pt/node/13632
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