quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Palavras de sempre...

Já o oiço à tantos anos e cada vez que o volto a ouvir, ou a ler, surge me sempre a ideia: é tão fácil!
A receita do amor. A receita de fazer amor.
Lembro-me tão bem quando nas sessões do Grupo nos mandava tocar uns nos outros, nos braços, nas caras, nas mãos, tocar a pele do outro, fazer amor com quem está ao lado!


No meu casamento mandou cada um dizer a quem tinha ao lado: "Gosto de Ti". Hei de para sempre me lembrar da cara de muitos dos convidados!!


De cada vez que o leio é como se o ouvisse, o som, a voz.
É como voltar aquela sala, naquelas cadeiras e ele dizer nos que para o amor triunfar teriamos que voltar a viver em comunidades. Lembro me de não ter percebido bem... hoje sei que a grande maioria de nós na altura não percebeu... porque nos era impossível perceber na altura, era um desafio demasiado grande para quem sonha com os sonhos normais das pessoas normais aos 19 anos.

Hoje percebo melhor.
Ainda não sei se completamente, mas melhor. E concordo, concordo tanto.
Tudo seria mais fácil se vivessemos para Amar.
Tudo seria mais fácil se a porta da nossa casa estivesse de facto sempre aberta.
Tudo seria mais fácil se de facto eu não tivesse nada, mas se todos juntos tivessemos o necessário!!!

A vida dos dias de hoje e de cada um é tão diferente de tudo isso.


Fica aqui alguns excertos do texto que o Fernando escreveu à uns dias.
O texto completo está aqui: 
https://www.facebook.com/fernando.ventura.969/posts/10152645014124166



"Outros tempos, outras culturas e outras civilizações inventaram, criaram e aperfeiçoaram formas de matar e mataram...! O nosso tempo, a nossa “cultura” e a nossa “civilização”, ou a falta dela, conseguiram matar o que nenhuma outra tinha sido capaz de matar. Nós, matámos as palavras! E porque matámos as palavras, matámos os afectos e porque matámos os afectos, suicidámo-nos!

De repente, deixou de ser possível “fazer amor”, porque quando nos demos conta, esta era já uma das palavras mais assassinadas... e ficámos sem saber o que fazer. Daqui, a partir daqui, tudo se complicou, tudo “nos complicámos”. E sobrámos nós, sozinhos, com afectos mortos, com solidões à espera de redenção.

E aqui estamos nós, convidados, desafiados, e incentivados pelo próprio Deus a perceber a nossa missão, a única que nos toca realmente levar a cabo! Ressuscitar as palavras mortas, os afectos mortos! Um dia perceberemos que este é o tempo de nos entendermos como agentes de transformação da História.

A nós, a todos nós, cabe-nos a tarefa de “fazer amor com toda a gente, todos os dias, e sem preservativos!”"

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