quarta-feira, 18 de maio de 2016

a idolatria ao "bicho"

Desculpem se ofendo com o titulo.
Mas já não consigo, já me cansa, existem pessoas a dar mais importância a animais que às pessoas.

As mil e uma mariquices a que assistimos quando um casal é pai pela primeira vez, são toleradas e de alguma forma "desculpadas", porque estão a deixar descendência, estão a criar valor futuro. É um novo ser que vem ao mundo e a genética diz-nos (aliás a nós e a qualquer animal) que nos devemos reproduzir, para continuarmos a existir enquanto espécie. Passar esse tipo de comportamento para animais, sejam eles cães, gatos, coelhos ou o que mais, para mim é doentio.

Foi esta semana que o Papa falou sobre este assunto, http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2016-05-14-Papa-lamenta-quem-sente-compaixao-por-animais-e-indiferenca-pelo-vizinho.
E foi exactamente no facebook com imensos amigos a fazerem partilhas do artigo do Papa, que me apercebi que a loucura está extrema.
Havia quem efectivamente concordasse que existem animais que merecem mais compaixão e piedade que "certas" pessoas.

Eu acho que devemos defender os direitos dos animais.
Acho até, que não pudemos estar à espera da paz mundial, para tomar decisões no mundo animal e por isso sim, deve-se pensar em legislação própria e avançar nesse sentido.
Mas daí a construir toda uma imagem de adoração e de devoção ao mundo animal vai uma grande distância.

Nem quero imaginar os inúmeros estudos  de psicologia e sociologia que este tema vai alimentar para o futuro, e nem quero desenhar o perfil "do amante dos animais", mas gosto de acreditar que nesta matéria sou bem humana.

E nem a propósito cruzei-me com um poema de Sophia Mello Breyner, "Pessoas Sensíveis", que começa da seguinte forma: "As pessoas sensíveis não são capazes  / De matar galinhas  / Porém são capazes / De comer galinhas ".





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