Este nosso fim-de-semana foi passado em Grupo.
Quando mais novos eu o Jorge pertencemos a um Grupo de Jovens Católico, o GJBB. O grupo (por motivos normais) terminou mas as amizades ficaram.
E por isso temos o hábito de nos encontrar nas casas uns dos outros e em dois momentos especiais, nesta altura do ano e depois no Natal.
E assim lá embarquei eu, em mais uma aventura Jovem.
O mote era partilharmos um acampamento escutista todos em família.
Assim eu, o pai e as nossas crias rumamos a caminho da Arrábida.
Ora tive de montar tendas (não sei ao certo se foram as primeiras da minha vida, mas é possível!), carregar e carregar paus, para construir mesas, cadeiras e mochileiro. As equipas separavam os casais e como tal não podia fazer beicinho ao marido querido para ajudar, durante estas tarefas as nossas filhas também não serviam de desculpa pois existia uma equipa para tratar das crianças.... E como tal, ainda tive de aprender, códigos e orientações em campo, para seguir o que os escuteiros chamam de "jogo de pista".
Tivemos fogo conselho, esta actividade sim, confesso que tinha imensa curiosidade em participar e à noite demorei horas e horas adormecer, pois metia-me imensa confusão as crianças estarem noutra tenda. O que me valeu, é que a "chefe" da nossa equipa sabia que isto seria inevitável e estava atenta ás nossas ansiedades.
O dia a seguir constou com mais tarefas e o levantar de todo o acampamento.
No fim, o que fica é uma experiência incrível, principalmente para as minhas filhotas.
As mais novas adoraram, andarem à solta, mas terem uma equipa, cumprirem regras e participarem, serem ouvidas, de facto participarem, como se fossem grandes como elas querem ser :)
Para Matilde, que inicia no próximo mês a sua caminhada escutista foi a oportunidade de saber o que a espera num acampamento.
Para mim percebi um bocadinho melhor o porque de os meus queridos "estrunfes" (será certamente a última vez que lhes dou este nome, pois depois estará lá a minha princesa) andarem sempre a carregar paus e canas.
Mas as maiores conquistas, foram o facto de já mãe poder voltar a ser Jovem... a fazer as coisas sempre e só com um sentido: Servir.
De mostrar ás minhas filhas o que me une àqueles amigos, o que os faz tão especiais.
Não gosto muito de olhar para trás como se o passado pudesse alguma vez ser melhor que o presente, mas a minha adolescência e os anos que se seguiram, tiveram muito valor para mim. Vivi intensamente e com mais gente que sabe viver intensamente para Servir o Outro :)
O nosso lema na altura era: "Amigos para Sempre". Não sei se será para sempre, mas já lá vão 20 anos de amizade, que gostávamos claro de passar aos nossos meninos.
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