sábado, 26 de julho de 2014

Férias

Vamos de férias e vamos para o "estrangeiro".
E pelo menos enquanto estivermos por terras algarvias, não vamos ter Internet disponível.
Vai ser um grande teste, depois de um ano sempre ligada, vou estar mais de uma semana de férias cibernáuticas também!!!

Depois conto como foi a "desintoxicação"!!!


Carta aos meus Avós - A partir de Saramago

Eu tive avós, avós mesmo. Daqueles com quem partilhei a infância e até bem mais tarde.
E era tão bom.
Ter avós é tão, tão bom.

E por isso, gosto que também elas adorem os seus avós e que falem deles e que sonhem com eles... e que possam fazer coisas com eles que não fazem comigo. Porque sei que vai ser assim que eles um dia vão viver nelas para sempre.


Hoje em Portugal é o dia dos avós.
Elas estão quase a chegar ao pé dos avós delas.
E eu vou ter de passar pela casa dos meus... ainda que já nenhum deles lá esteja.





sexta-feira, 25 de julho de 2014

Amanhã

Não vai ser de madrugada, mas vai ser bem de noite que voltarei a pisar terras lusitanas.
Quase um ano depois volto "a casa" para voltar a sentir o calor da terra e das minha gentes.
Certamente vai ser pouco tempo para recuperar todos os abraços e sorrisos perdidos.
Certamente vai ser pouco tempo, para conseguir ver todos aqueles de quem senti a falta durante todo este ano.
Mas vou assim, neste pouco tempo, acalmar o meu coração, derramar muitas lágrimas e sorrir, sorrir muito.

Quase como que se fosse "a casa" recarregar baterias.





quinta-feira, 24 de julho de 2014

dramas...

existem dramas incalculáveis.
vidas que ficam interrompidas para sempre, porque creio que depois disto já não se vive!!!
consigo imaginar a culpa que os atormenta... a culpa dos "porquês"... se não os tivéssemos mandado para casa... se ao menos também nós tivéssemos ido também!!!
enfim...
será um tormento eterno...
impossível não pensar, não imaginar, impossível não rezar...

e a cada um de nós cabe nos dar Graças, graças por cada dia, por cada dádiva, por cada momento em que somos poupados de um viver um drama!!!

http://uptolisbonkids.com/2014/07/23/vivemos-num-inferno-alem-do-inferno-dizem-os-pais-de-3-criancas-que-viajavam-no-mh17/

A queda deste avião mostra mais uma vez que na "luta" dos grandes existem sempre inúmeros inocentes que se perdem, que a sua vida passa a valer 0, e que toda a nossa força é sempre insuficiente perante tais acontecimentos.

Porque alguém quer dominar outro alguém, existem sempre inúmeros "ninguéns" que ficam perdidos, esquecidos, mortos... e ao se perderem fazem que cada mundo à sua volta se perca também!!!!


ando a fazer as malas...

E aquilo que me ocorre é, porque é que não podemos por tudo lá dentro e voltar, só voltar!

Não me interpretem mal, gosto muito de aqui estar. Gosto muito de tudo o que conseguimos neste ano. Gosto muito das amigas que fiz (ainda me custa chamar-lhes isto, porque parece tão próximo, ainda não acredito bem que se ganhe este titulo com 1 ano) da escola das miúdas, da zona onde vivo, do ambiente em si... enfim... gosto e foi fácil passar a gostar.

Mas também gosto de muito do que deixei do outro lado e da última vez que enchi malas, foi para trazer tudo, por isso... a pergunta surge vezes e vezes na minha cabeça: "Posso por tudo nas malas!!!?".




terça-feira, 22 de julho de 2014

saldos

Sempre fui rapariga de ir aos saldos e de tentar comprar um bom negócio.
De procurar sempre aquela mala, ou aquele casaco, ou um vestido diferente.
Mas por aqui essa tarefa passou a ser ainda mais difícil. As boas lojas, aquelas onde vale a pena ir procurar os artigos, que passando a saldos já não nos custa tanto comprar, quando abrem saldos é tipo anúncio nacional, com abertura da loja às 05..00 a.m. (ou seja 5 da manhã em bom português!!!) e nessa hora têm filas de mulheres à porta que entram pelas lojas dentro e varrem tudo... tudo!!!

Pouco escolhem... levam aquilo que lhes aparece pela frente e depois podemos ter a sorte de encontrar os artigos dias depois quando os vão lá devolver...
Acreditem que é a loucura.
Percorrer os corredores de roupa feminina em época de saldos por aqui é pior que ir à feira e a policia entrar na mesma altura que nós no recinto... é ver toda a gente a fugir!!!



segunda-feira, 21 de julho de 2014

conflitos

Nesta altura são demasiados os conflitos internacionais. As guerrilhas, as pequenas guerras, que estão a acontecer e que nos fazem temer um novo ciclo na história, um ciclo daqueles que com Graça a nossa geração só lê nos livros e era tão bom que assim continuasse, escrita no passado.

No meio de tudo isto a sociedade civil, pouco pode fazer, tenho a graça de como católica ainda assim puder rezar, e pedir pelos corações de todos quantos sofrem e todos os que estão a fazer sofrer.

Mas irrita-me e incomoda-me (cada dia mais) as inúmeras publicações na net sobre o assunto, que nos obrigam a tomar lados, a decidir quem é o mau e quem é o bom, que lançam perguntas sobre os nossos julgamentos ou pensamentos, ou vão mais longe e questionam a nossa responsabilidade, por gozarmos férias, ou nos divertirmos!!!

Enfim...

Cada vez que leio algo do género só consigo perceber melhor o porquê destas guerras continuarem... andamos sempre a "atirar para o ar", a olhar por cima do ombro, a julgar os outros e nem nos apercebermos de olhar para dentro e de cuidarmos somente de nós.

Cada vez tenho mais em mim, que se cada um se preocupar mais consigo, no fim tudo funcionará melhor!!!


sexta-feira, 18 de julho de 2014

vai ser bonito, vai...

Estou a fazer a encomenda da mercearia para as férias em Portugal e ando no site do Continente, quando compro certos produtos, os olhos enchem-se de lágrimas!!!
Se isto é assim numa encomenda de comida... quando chegar ao meu país, vou ter de andar com os olhos vendados!



a morte

Até aos dias de hoje, acho que foi a melhor descrição sobre o que significa perder alguém.
Porque explica exactamente a diferença entre não existir e ter deixado de existir.

<< Uma coisa é clara, a morte de alguém não é o mesmo que regressar a nada. A morte de alguém é algo, é um resultado. Sobra. Ela sobra. O facto de o meu irmão ter morrido não faz com que seja igual a nunca haver nascido. Ele é algo, hoje e para sempre. E é o que celebramos. Celebramos a sua existência, porque a sua morte nunca o reduzirá por completo. Nós somos-lhe a vida. E somos gratos por isso. >> in http://www.publico.pt/portugal/noticia/judite-1662321 - Valter Hugo Mãe.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

T-shirts

De tantos anos a trabalhar em escritórios, acumulei, blusas e camiseiros aos mil...
Desde que deixei de ter trabalho certo, deixei também de investir nesse estilo.
Passei a adorar as t-shirts e claro de tanto as usar... pouco duram... e muitas vezes não passam de anos para outros... mas em cada nova colecção dá vontade de comprar à dúzia.

Na nova colecção da Zara encontrei estas...
(ponho só 6... para não parecer demasiado!!!)







quarta-feira, 16 de julho de 2014

famílias

ao ler este texto http://umafamiliacatolica.blogs.sapo.pt/uma-dificuldade-por-dia-60241.
Lembrei-me de já à uns tempos, em conversa de almoço com colegas de trabalho, se falar sobre famílias numerosas e falarmos mesmo de uma família real de 8 filhos, dos dias de hoje que eu conheço só de nome, mas uma das minhas colegas da altura conhecia de facto.

E essa minha colega mostrava-se surpresa com o "disparate" que era uma família ter tantos filhos. Justificando que depois do terceiro ou quarto as crianças deixam de ser filhas do casal e passam a ser também filhas dos irmãos, pois passam a ser os irmãos mais velhos a tomar conta dos mais novos... principalmente nas tarefas mais básicas, como ajudar a vestir, dar banho e tudo o resto.
Lembro-me de na altura ter ficado incomodada com a observação (tão incomodada que não a esqueci até hoje!)... mas lá está isto dos esteriotipos faz-nos por vezes ficar caladas e não dizer nada.

Quando hoje li este texto, lembrei-me desta história.
E de facto só quem vive e experiência pode testemunhar a alegria que é ter irmãos.

Nos dias de hoje é tão fácil criarmos defesas para as nossas opções por vezes tão convencionais, tão "normais" que naturalmente julgamos todas as outras realidades.






terça-feira, 15 de julho de 2014

tenho saudades

Tenho saudades:
* de saber o tempo que vai fazer amanhã:
* de ouvir barulho nas ruas:
* do cheiro a peixe assado:
* do sabor de uma bica:
* de saber o nome de todos quantos me dizem "bom dia":
* de andar na rua como uma gaiata:
* do cheiro a maresia:
* das esplanadas montadas na rua:
* de fazer compras em feiras e vendas:

e das pessoas, das minhas pessoas, de gritar e rir, de chorar e olhar nos olhos de cada um, em cada um...
de falar e falar e falar... sem pensar... sem lembrar... sem procurar transmitir... só dizer...

aí que tanto, tanto... que vivemos e nunca mais recuperamos, mas amamos para sempre...

Existem saudades que vêm para ficar.



segunda-feira, 14 de julho de 2014

Maleficent - Once Upon A Dream

Fui ver com a Matilde.
O filme está óptimo, desde a banda sonora a tudo o resto.

Adorei a possibilidade de uma Bruxa má, se justificar... a possibilidade dela mostrar que ninguém é mau de forma gratuita. Que o mal não nasce do acaso, e que os Homens são profissionais a desencantar o mal uns nos outros e em todas as outras criaturas.

São várias as histórias e as ilações que se conseguem retirar deste conto de fadas, mais negro, mais real, mais humano. Todas elas vivem na dualidade do ser humano entre o bem e o mal, entre a humildade e a ambição sem olhar aos meios, entre o amor e o poder sobre os outros.

A que eu gosto mais e tento que a Matilde se foque mais, no lugar de todos os outros pequenos episódios um pouco mais negros, é que só o amor vence o mal. Só o amor puro, sem interesses, o amor que não julga, mas que cresce e que dessa forma consegue lançar sementes, mesmo onde a maldade habita.




notícias de Portugal

Por estas alturas vou de facto começando a aceitar que estou mesmo longe que existem inúmeras coisas a acontecer e que por mais que eu tente, já não vou conseguir acompanhar.
As notícias vão me chegando na mesma... mas ultimamente parece só me chegarem tristezas.

Algumas das quais de principio nem acreditei.

Já lidei muitas vezes com a distância, mas pela primeira vez sou eu aquela que se ausenta. E não esqueço todos quantos já me despedi, por motivos inúmeros e que quando regressam esperam que tudo esteja na mesma. Ora eu sei que tal não é possível... mas existem mudanças que no meu ver não são para melhor...




sexta-feira, 11 de julho de 2014

gatas

As gémeas durante o ano foram convidadas certamente para mais de 20 festas (e acreditem que não devo estar a exagerar!). Parece que a última foi no fim de semana passado e adoraram porque puderam rever inúmeros amiguinhos, uma semana depois da escola ter terminado.

Vinham cheias de histórias para contar e com grandes sorrisos na cara.






quinta-feira, 10 de julho de 2014

roupa

Depois das visitas irem embora existe a árdua tarefa de arrumar tudo de novo e a roupa passa a ser a tarefa mais difícil de repor na ordem.
Numa das muitas máquinas de roupa que tenho feito por estes dias, ao terminar um ciclo de roupa branca, de 2 horas, a 60 graus, vejo a imagem abaixo.
Chamo a dona do artigo, e a resposta pronta é: "Se ainda funcionar ficou com os filtros limpinhos!!!".

... depois disto juro que não consegui dizer nada!!!





quarta-feira, 9 de julho de 2014

Histórias

As histórias destes dias foram muitas, imensas mesmo.
Uma casa com 9 pessoas, tem de facto muito para contar.

Desde a ida à praia, em que eu demorei uma hora para encontrar uma casa de banho, tendo deixado a minha sogra com os miúdos e ela estava prestes a chamar a policia, pois eu não regressava e no fim tínhamos uma casa de banho a dois minutos de distância, mas no sentido contrário.

Passando por ter iniciado conversações com uma espanhola, residente temporária aqui na urbanização convencida que o meu sobrinho continuaria a conversa e ele olhar para mim e para a espanhola e dizer: "já não me lembro como é que se fala espanhol!!!".

E ainda termos chegado à última paragem do autocarro que apanhámos e terem de nos vir chamar aos 8, pois eu achava que estávamos longe do sitio de destino!
Ou ainda, eu ter obrigado todos a dar a volta a um quarteirão para regressarmos exactamente ao mesmo ponto.

Existem inúmeros episódios, no entanto nem todos são meus... e como tal não me cabe a mim contá-los, ainda que tenha a certeza que dariam belas histórias para recordar para todo o sempre.
Esperemos que a memória não me traia.





terça-feira, 8 de julho de 2014

descrição da minha sobrinha à mãe sobre a Irlanda

"É tudo muito bonito, está sempre tudo arranjado e é tudo verde com caminhos para todo o lado.
As pessoas são muito, muito simpáticas e estão sempre dispostas a ajudar, mas vestem-se muito mal, têm penteados horríveis e apesar de falarem inglês eu não percebo nada do que elas dizem!"

A Inês tem 13 anos, já passou em diferentes anos, férias em Portugal e este ano e devido a nos termos mudado para aqui, veio até cá com o irmão e os meus sogros passar 10 dias.
Esta foi a descrição que ela fez da Irlanda à mãe pelo telefone e que eu ouvi e claro está que achei um piadão!




segunda-feira, 7 de julho de 2014

10 dias

Foram 10 dias. Com 9 pessoas, cada qual com sua vontade, com sua voz, com seu desejo.
Foram dias completamente cheios, mais tempo houvesse, para passear mais, conhecer mais, partilhar mais.

Incrível ter a casa cheia e as miúdas gozarem da amizade de dois primos "desconhecidos" e dos seus avós para mais mimo, mais prendas, mais felicidade.

Eu confesso que o cansaço deu conta de mim.
Eram muitas refeições para planear, muitas saídas, muita organização.
Foram umas férias diferentes para eles, mas que a mim no final me deixa com vontade de ir eu de férias!

Mas de facto foi incrível ter dois americanos a viver connosco. Nós completamente portugueses/europeus, com dois miúdos que vêm de um outro mundo, com todo o estereótipo que se cria em redor de uma dita sociedade mais evoluída.
Miúdos fascinados com toda uma diferença de costumes, de aspecto.
Claro que pouco ainda percebem, ou se interessam sequer pela história dos dois países que tiveram a sorte de visitar, mas sem se aperceberem absorvem um novo contexto. E aqui em Dublin, quer se queira ou não, história é o que não falta nas ruas.

Eles que nos trazem a confirmação de muitas das ideias que criamos sobre o pais deles. A necessidade de consumo sem limites, a alimentação de todo descoordenada, os horários inexistentes para tarefas como dormir. Uma constante expectativa de fazer mais, conhecer mais... mais... mais...
Eu por vezes queixo-me que as minhas filhas não sabem estar quietas, no sentido de esperar por algo, ou simplesmente estarem paradas, para eles isso é um conceito sem sentido nenhum!

Enfim, foram dias de inúmeras histórias, mas que souberam a pouco, pela saudade que deixam, pelo carinho e pela amizade que fazem crescer.
As miúdas adoraram e eu fico com pena de este ano as nossas férias não se conciliarem de melhor forma com a deles.

Dos muitos passeios ficam algumas fotos....