sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

As horas que passamos a mais com os nossos filhos

Ao emigrarmos existe uma comunidade que existe à nossa volta e que se perde.
Existe a família, os amigos, os amigos dos amigos, vizinhos e um enorme circulo de relações sociais à nossa volta com o qual se perde o contacto.
Se é verdade que cada vez mais as crianças lidam com menos círculos sociais, esta caracteristica passa a ser ainda mais evidente no contexto da emigração.
Mesmo criando novos amigos, estabelecendo novas relações não se consegue recuperar décadas da nossa vida e da nossa história.
Se tudo isto é nos dias de hoje verdade por inúmeras análises sociológicas, que nos mostram que nunca a família viveu tão intensamente a sua relação e fechada sobre si própria, maior verdade se tornou para mim.

Eu que sempre deixei as minhas filhas conviverem em vários grupos diferentes. Aqui vejo-as muito mais agarradas a mim e eu a elas.
Cinema, mãe e pai.
Parque, mãe e pai.
Passeio, mãe e pai.
Comida especial, mãe e pai.
Andar de bicicleta, mãe e pai.

Ou seja deixou de lhes ser possível pedir a qualquer outra pessoa uma qualquer actividade.
O pai e a mãe passam a ser os que permitem qualquer coisa, ou os que negam quase tudo!

Emigrar em família torna nos mais próximos, mas também mais dependentes.

Se nos dá ainda mais orgulho a família que construímos, também nos exige muito mais, não existem escapes, não existe partilha, não existe sequer a "gabarolice" tão própria de qualquer pai.

Existe sim um vinculo ainda maior, pois sabemos que em tudo dependemos de nós, só de nós.




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Uma carta de Amor a Portugal

Descobri este vídeo pelo blogue da Cocó na Fralda.
É um trabalho de grupo de alunas do décimo segundo ano, da Escola Secundária do Entroncamento.
Adorei.
Que bom pudermos falar com orgulho de nós, do nosso país, de quem somos.

Sou de uma geração que cresceu sempre a ouvir que em Portugal nada prestava.
Eu sempre lhe adorei inúmeras coisas e por isso mesmo, muitas vezes achei que era meia "pimba"!
Adorava ir à aldeia.
Adorava os almoços/jantares de família.
A música popular portuguesa.
Uma esplanada no meio da rua.
O cheiro a carne assada no fogareiro.
Uma festa popular.

Que bom que aos 17 anos se possa fazer um trabalho sobre o orgulho nacional.






quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Madalena

A Madalena no Sábado perdeu o seu primeiro dente.
No fim de semana do mid term em que ela trouxe para casa o urso da escolinha, para passar estes dias com ela, perdeu o seu primeiro dente.
Claro que a fada dos dentes voou logo nessa noite e ao levar o dente deixou umas tintas "tenebrosas" para pintar o cabelo com madeixas bem coloridas!

Para a semana vamos montar o salão!


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

e dada a pergunta

Vou começar a ler em inglês.
Uma coisa é ler artigos, revistas ou algo pontual.
Outra vai ser começar a ler o que algumas das minhas amigas aqui na ilha estão a ler.
Vamos ver como me safo.

Para já vou começar com algo bem simples, mas que dissem ser divertido e de óptima análise social, para uma mãe em casa, como eu sou agora!




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

a propósito de filhos...

'O contrário do amor, não é o ódio, mas o possuir.'          
Chiara Corbella Petrillo


Li e gostei.
Faz pensar.
De facto, é absolutamente verdade.


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Números

Os números apresentados são as visualizações do dia de ontem do blogue... e fico sempre super intrigada quando isto acontece, quando existe mais gente a ler-me aqui, do que em Portugal!!!





EntradaVisualizações de páginas
Irlanda
60
Portugal
41
Estados Unidos
37
Alemanha
11
Romênia
5
Reino Unido
3
Polônia
1

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Quarta feira de cinzas

Inicio de Quaresma.

Se houve coisa que sempre me incomodou na minha paróquia era que nunca podia ir à eucaristia da quarta feira de cinzas lá. Porquê? Porque, mesmo sendo um dia diferente só se fazia uma eucaristia, a das 09.00h.
Ou seja a missa diária, era a mesma e a única efectuada neste dia.
Quando trabalhamos 09.00h é mesmo aquela hora em que é impossível comparecer a uma eucaristia.

Por isso enquanto trabalhei em Setúbal, neste dia chegava um pouco mais tarde ao trabalho e ia à missa a S. Julião, pertinho da empresa, saia directa da igreja para o trabalho. Tive chefes a quem era simples explicar e que nem perguntavam nada, tive outros a quem simplesmente disse que ia chegar atrasada sem entrar em justificações, enfim, o mundo empresarial nem sempre gosta de católicos.

Quando deixei de trabalhar em Setúbal, tinha de procurar em paróquias vizinhas à minha, celebrações feitas à hora que se chega do trabalho e mais uma vez era impossível assistir à eucaristia na minha paróquia.

Aqui este ano, este dia coincide com o início do mid term, como tal hoje tenho as minhas 3 filhotas comigo e dado elas já terem planos combinados com as amiguinhas, achei mais fácil ir a uma eucaristia fora dos horários normais. Apesar de haver uma às 19.15h, preferi ir à das 7,15h e qual não foi o meu espanto quando entrei na igreja. Uma igreja cheia, muita gente, muita gente mesmo. A grande maioria pessoas prontas para irem logo de seguida a caminho do trabalho, mas muitas outras também, famílias com crianças e muitos dos pais dos meninos da escola das miúdas.

Na minha antiga paróquia muitas vezes fazíamos reflexões sobre o porquê de existir um fosso geracional na igreja, ou seja, havia jovens, havias seniores, mas poucos adultos em idade adulta.

A verdade é que nem sempre a Igreja se preocupa em estar perto da população adulta, que trabalha e muitas vezes ainda gere uma vida familiar.

Acreditem que fiquei tão feliz, por ver a claridade da manhã a entrar na igreja através dos inúmeros vitrais e a ver cheia de gente.
Faz com que não esqueçamos que a Igreja está viva.


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

10 anos

Faz hoje 10 anos que testemunhei de perto uma grande perda.
Vai para sempre ficar-me na memória.

Desta perda guardo ainda e também para sempre, o pai da pessoa que partiu, que testemunhou naquele dia que a fé move não só montanhas, mas também  corações. Um testemunho de fé que nunca antes havia visto e que nunca mais ainda vi. Aquele canto, aquele grito: "Aleluia, Aleluia, Ressuscitou".

Hoje ao ser benzida com as cinzas lembrei me muito bem daquele dia em 2005, em que se perdeu um herói dos tempos modernos.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Carnaval

Hoje por aqui não se celebra o Carnaval.
Celebra se sim o último dia do tempo comum, antes da entrada na Quaresma, com o Pancake Tuesday!

Ora mas nada nos impede de juntar as duas tradições. Como tal, no Sábado as manas mais novas aproveitaram que a mana mais velha estava a acampar e convidaram as amiguinhas mais chegadas para um Tea Party de Carnaval.

As meninas vinham vestidas a rigor e passaram a tarde com as duas princesas da casa.
Pintei cada uma.
Servi chá, ou sumo conforme a preferência.
Decoraram cup cakes.
Comeram biscoitos de S. Valentim.
E ainda comemos panquecas!

Foi uma tarde bem divertida.
E as minhas filhotas mais novas adoraram receber em casa as suas amigas para uma festa a sério!









segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

a melhor escolha

Pelo que tenho lido a banda sonora do filme mais falado por estes tempos é bem melhor que a própria pelicula.

Eu nunca tive interesse em ler nenhum dos livros.
Acredito que as melhores imagens do filme são aquelas que se vêm a toda a hora, nos anúncios, reportagens e afins...
Como tal e dado que acho realmente que a banda sonora está bem conseguida, acredito que fiz a melhor escolha.

Tenho a certeza que vou andar uns dias a ouvir isto...



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

sobre o post anterior

Desculpem o desabafo... mas a política por estes dias tem me realmente tirado muito tempo e algumas gargalhadas também.

E só mesmo para acrescentar ninguém acha que o Sr. Presidente anda com umas cores meio amarelas demais!?


e claro é isto que dá razão à direita....

Quando vi as fotografias do Ministro das Finanças grego, no dia da reunião com os parceiros europeus tive a certeza que alguém ia falar do seu cachecol.
Pois claro, a esquerda, ainda por cima a esquerda radical é pobrezinha, tem de ser pobrezinha e o Sr. aparecer em público com um cachecol que custa o salário de muita boa gente, é um ponto poderosíssimo da contra argumentação às suas politicas, para a nossa "nova" e conservadora direita.

Ou seja, esta "nova" direita, quer ser esquerda de imagem. Não se pode mostrar sinais de luxo.

Como exemplo teremos sempre as primeiras férias do primeiro ministro, homem simples de chinelos e a carregar as suas próprias compras. A fotografia não mostrava que as estava a transportar para o carro onde o motorista o esperava e ainda menos mostrava, os inúmeros seguranças que o rodeiam e as medidas que são precisas tomar para que o Sr. possa entrar num supermercado, o que efectivamente está correcto, uma vez que estamos a falar do Primeiro ministro.

Também já me enjoa ver o Presidente da República e a sua primeira dama, sempre a parecer o casal da aldeia, juro que quando os vejo me lembro das pessoas nas terras que em dias de procissão "lambem" os cabelinhos, engraxam os sapatos e vestem o fato guardado no armário e com cheiro a naftalina. Aliás no caso da primeira dama, acho que ela deve ser cliente fiel de uma qualquer botique em Lisboa, talvez na rua dos Faqueiros, onde nós levamos as nossas mães para elas comprarem o fato para o nosso casamento.


Acreditar que o ministro grego usou o cachecol de forma casual é não ver que para este novo governo vale a máxima: "falem bem ou mal, o que interessa é que falem"!!!
É porque já dizem os antigos: "os cães ladram e caravana passa".




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

alguma vez tinha de acontecer


121701208-2 

Boa tarde Exma Srª Cláudia Pena,

Obrigado por ter escolhido o grupo....


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Recebi agora este email na minha caixa do correio... 

Temia este dia e juro que a primeira coisa que pensei foi,mas enganaram-se e mandaram-me o email de outra pessoa... juro, juro.
Mas não sou eu a pessoa, ainda que não seja o meu nome é a lógica da junção do meu nome com o da minha família.
Mas nunca o tinha lido assim e na minha caixa do correio e em português.

Espero que eles me consigam vender a casa, porque pelas habilidades sociais não me conquistaram!!!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

pedidos

Na sexta feira falei com a minha sobrinha já era tarde em Itália, confesso que estava curiosa, pois ela de tarde tinha me mandado mensagem a dizer que queria falar comigo.
Da última vez que ela me ligou, foi exactamente para me convidar para ser sua madrinha de promessa como Lobita.
Desta vez o desafio e a responsabilidade são maiores.
A Marta está a viver em Itália desde Dezembro e lá, à semelhança do que se passa aqui, as crianças fazem o Crisma no sexto ano, como tal desta vez o telefonema desafia me a atravessar o Atlântico e ser sua testemunha no sacramento da confirmação.

Ainda que a distância seja grande existem convites que não pudemos recusar.

Ainda ponderamos ir todos, mas como forma de ser mais simples irei sozinha até Bolonha, até porque as miúdas nessa altura estão em período lectivo e no caso da Matilde a preparar os exames nacionais.

Este convite fez me claro recordar os meus dois afilhados de Crisma, longe também, os dois, ausentes. Saíram de Portugal antes de mim... e os contactos  vão sendo sempre menores, mas o carinho e as orações são constantes.

Este ano, se Deus me permitir, vou assistir a uma missa em Italiano, ainda não será em Roma, mas... será certamente para mim uma grande aventura!

Pedi foi à minha sobrinha para me começar a ligar com mais regularidade e a pedir coisas variadas... senão qualquer dia a moça liga para mim e eu julgo que ela quer casar!!!!




Foi esta menina que me ligou.
Aqui estávamos em 2004... era ela a única princesa da família, nem eu conseguia imaginar que anos mais tarde eu teria um reino de princesas!!!



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Sexta feira à tarde

Depois da escola fomos todas beber café para a casa da Mary, enquanto lá estava a Rita ligou-me, para dizer certamente bom dia, são agora oito horas que nos separam, tinha pouco sinal, como tal não conseguimos falar.
Passados poucos minutos a minha sobrinha de Itália, também pede para ligar e estava ainda a falar no chat com duas amigas em Portugal!!!

Se isto não é globalização, não o sei explicar de melhor forma!

Lembro me quando dava aulas falar de tudo isto com naturalidade, mas a verdade é que nunca o tinha vivido.
A minha vida girava praticamente num raio de 30 Km... e agora, são fusos horários, são idiomas, regras eu sei lá tudo o que nos habituamos e tão rápido!