As perdas põem sempre em perspectiva a vida dos outros.
Quando uma família, ou um grupo perde alguém, inevitavelmente perguntamos e se fosse eu?
E a nossa fé, nesses momentos fica abalada.
Nós cremos, nós queremos crer. Mas tal como nos ensinam, a nossa fé, é mais pequena que um grão de mostarda.
No entanto é a nossa fé que nos sustenta, é ela que nos fortalece.
E muitas vezes queremos explicar aos outros o porquê de nós confiramos, e buscamos palavras, exemplos, gritamos inclusive a nossa vida e esquecemos de dizer que é graças a crermos que confiamos.
Lembro-me da 1ª vez que eu literalmente gritei para o céu e disse: "Seja feita a Tua vontade" e chorava porque não era aquela a minha vontade e no fim... afinal era... as nossas vontades eram as mesmas, a diferença foi que eu não confiei.
Esse foi o 1º de muitos momentos que se seguem e que inevitavelmente eu duvido... e no fim, e até hoje, as nossas vontades têm sido as mesmas :)
Claro que apesar do conforto de querer crer que no fim tudo é garantido, a angústia, a dúvida e a revolta vivem em mim.
E também por isso imagino que será muito mais difícil, para quem vive só com a dúvida, a angústia e a revolta e não crê.
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