Cheio de acontecimentos, de histórias, de novas vivências, muito, muito sentidas, porque são vividas em pleno e em família.
As férias são a oportunidade da família para se conhecer melhor.
Para melhor se aprender.
As aldeias abrem ainda mais esta possibilidade, porque reentramos no passado.
Para mim, pelo menos, isso acontece.
Tenho a sorte de ter a possibilidade de levar a minha família à aldeia dos meus avós paternos, onde inúmeros anos também eu passei férias. Nós vamos por cerca de uma semana, eu ia por um mês. Um mês sem pais, só com avós e outros familiares que por lá fossem passando.
Daí a riqueza da aldeia para mim. Daí a importância de mostrar um bocadinho desse eu à minha família agora.
Na aldeia continuamos a encontrar os primos que não vimos em mais nenhum lado, mesmo quando moram perto de nós, durante todo o resto do ano.
Na aldeia (e apesar de levarmos muita coisa connosco) sentimos que estamos muito longe da nossa cidade.
Os lanches, os almoços e os jantares são diferentes. Os horários também. As regras de uma casa mudam. A porta está sempre aberta e cumprimentamos todos os "estranhos" que passam por nós.
A Matilde já está muito habituada á aldeia.
Já foi várias vezes, não só connosco, mas também com os meus pais e com a minha irmã.
Para as gémeas é mais confuso...
- "De quem é esta casa? Quem te deu as chaves"
- "Estes primos, são primos de quem? Moram onde? Vão se embora porquê?"
Mas vão percebendo e continuando a fazer perguntas e a interiorizar que têm uma casa, numa aldeia, onde o tempo parece passar de outra maneira.
As aldeias, essas ficam mais felizes com a nossa passagem.
O tempo nem sempre as ajuda. Torna-as mais vazias e cada vez mais distantes.
Gostava de continuar a ir à aldeia. Gostava de acreditar que também elas vão querer continuar a ir à aldeia... mas estas férias tivemos lá com uma prima de 13 anos... que no meio dos seus risos, dizia: "Eu gosto, mas é uma seca...".
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