quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Greve, palavra de ordem!


Na secundária tomei conhecimento dos principios base da minha constituição, dos diversos poderes políticos e mais tarde no ensino superior aprendi leis, de defesa de cada cidadão e com maior particularidade dos trabalhadores. E ouvimos sempre o mote: "O direito à greve é um direito que assiste a qualquer trabalhador!", e moldamos o nosso pensamento e acreditamos que assim o é.
Mas com passar dos anos aprendi que só assim o é para quem tem representatividade institucionalizada, todos os outros (pegando na tipologia do meu amigo Edu, que só existem dois tipos de trabalhadores os públicos e os privados), ou seja, os trabalhadores do sector privado não podem declarar greve.
E acreditem que eu sei, não podem mesmo!
Existem locais de trabalho onde são efectuados levantamentos de quais os trabalhadores que pensam em aderir à greve e no desenrolar do dia esses trabalhadores são efectivamente orientados para não o fazerem!
Compreendo que são necessários mecanismos de protesto, mas sonho com o dia que esses mecanismos estejam efectivamente ao dispor de todos os que se sentem lesados!
E que um dia as greves deixem de prejudicar todos os outros funcionários deste país que não podendo fazer greve (ou até não querendo), têm que arranjar múltiplas formas de chegar ao seu trabalho (apesar de terem os passes pagos), pedir favores para os filhos terem onde ficar, não pensar em adoecer (sim eu pedi às minhas miúdas para não nascerem nestes dois dias), não carecer de serviços judiciais, das finanças, conservatórias e afins, sim na minha terra até o mercado municipal está fechado, para não falar do lixo deixado nas minhas traseiras devido à feira (sim os feirantes, sabe Deus porquê, esses nunca fazem greve)!
Não quero com isto parecer ser contra o direito à greve, mas como diz o ditado popular: "A minha liberdade termina onde começa a do outro"... fazer ouvir os nossos direitos, não devia nunca tirar direitos aos outros demais iguais.

2 comentários:

Ana Rita disse...

é uma treta.

qd o senhor do PCP me quis dar um panfleto à porta do modelo e eu recusei, ficou mto ofendido e disse que nós eramos o futuro e que nos tinhamos de nos informar acerca dos nossos direitos... tive vontade de o mandar ir dar uma curva... sim eu sou o futuro... mas infelizmente pertenço à parte do privado... aos q não têm sindicato e não têm direito à greve!!!!

Anónimo disse...

saudades de te ouvir falar sobre estas e outras coisas!!