Mudar de país é mudar imensa coisa, como é óbvio.
A nível alimentar perdemos o acesso a certos produtos e ganhamos a outros!
Por aqui a batata doce é muito diferente, tão diferente que nós gostamos, assim como o nabo.
Outro legume muito usado por aqui são as parsnips, que eu nao conhecia antes de aqui chegar!
Pois parece que já se vende em Portugal.... e o nome é Pastinacas...
São já muitos os chefs de cozinha que as usam e parece que é um produto "saudável".
Saudáveis podem ser, mas o nome é quase impronunciável!!!!
Imaginem os putos na escola a dizer: "cenoura, abóbora, pastinaaaacas..."
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
...
"A saudade não é tristeza, é comoção.
A saudade é o que fica do amor quando perdemos todo o seu lado físico, deixámos de estar, deixámos de tocar, há uma barreira inultrapassável de espaço ou de tempo, mas o amor continua, permanece. A saudade é esse tipo de amor.
A saudade é o amor."
Sempre... sempre... a saudade...
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Existe uma história que ainda aqui não registei e que quero para sempre recordar.
À uns meses atrás a Matilde e algumas amigas começaram um pequeno negócio na turma da escola. Desenhavam pequenos animais, recortavam e vendiam. O preço era 0.02€!
Num instante toda a turma tinha os animais todos que queria e então as miúdas fizeram crescer o negócio.
Começaram a fazer bookmarks e a vender por 0.05€ (preço para crianças, para adulto vendiam a 0.50€).
Juro que não dei importância nenhuma ao assunto e cheguei a temer que andassem a perder tempo na escola a fazer isto! Tendo até desvalorizado as conversas que ouvia sobre novas estratégias e novas contratações (não estou a brincar eram estes os termos usados!).
Mas o negócio crescia cada vez mais e houve pais de amigas que levaram para o trabalho e que venderam imensas.
Mas também este produto esgotou a sua distribuição.
E elas não desistiram criaram um novo negócio, um jornal. Um jornal de cerca de 8 páginas, com cartoons cómicos, uma secção sobre literatura, uma sobre desporto e uma sobre moda, tendo ainda o editorial. Fazer o jornal e conseguir distribuir cerca de 10 cópias já era bastante complicado, porque eram elas que faziam tudo, tudinho.
Faziam tudo à mão, montavam a maqueta, digitalizavam página a página e imprimiam dessa forma... sublime e adorável.
O conjunto de todos estes trabalhos durou cerca de 3 meses. Eram 6 raparigas envolvidas e dedicadas a cada projecto e o dinheiro obtido tinha como destino uma Associação local da luta contra o cancro.
Tudo sempre ideia delas.
Cada uma tinha um papel e a Matilde era a tesoureira.
No final reuniram 50.00€, que fizemos chegar à instituição escolhida.
No inicio do ano, a escola recebeu uma carta da instituição a agradecer e a sublinhar a importância do acto, com o nome de cada uma delas escrito. As miúdas receberam, cada uma, uma t-shirt de voluntário e tiraram uma foto com o professor, para ser publicada na news letter do Hospital.
Não consigo deixar de sentir um imenso orgulho nestas crianças, que com estes pequenos gestos nos fazem ter a certeza que é tão fácil fazer o bem e ajudar o outro.
À uns meses atrás a Matilde e algumas amigas começaram um pequeno negócio na turma da escola. Desenhavam pequenos animais, recortavam e vendiam. O preço era 0.02€!
Num instante toda a turma tinha os animais todos que queria e então as miúdas fizeram crescer o negócio.
Começaram a fazer bookmarks e a vender por 0.05€ (preço para crianças, para adulto vendiam a 0.50€).
Juro que não dei importância nenhuma ao assunto e cheguei a temer que andassem a perder tempo na escola a fazer isto! Tendo até desvalorizado as conversas que ouvia sobre novas estratégias e novas contratações (não estou a brincar eram estes os termos usados!).
Mas o negócio crescia cada vez mais e houve pais de amigas que levaram para o trabalho e que venderam imensas.
Mas também este produto esgotou a sua distribuição.
E elas não desistiram criaram um novo negócio, um jornal. Um jornal de cerca de 8 páginas, com cartoons cómicos, uma secção sobre literatura, uma sobre desporto e uma sobre moda, tendo ainda o editorial. Fazer o jornal e conseguir distribuir cerca de 10 cópias já era bastante complicado, porque eram elas que faziam tudo, tudinho.
Faziam tudo à mão, montavam a maqueta, digitalizavam página a página e imprimiam dessa forma... sublime e adorável.
O conjunto de todos estes trabalhos durou cerca de 3 meses. Eram 6 raparigas envolvidas e dedicadas a cada projecto e o dinheiro obtido tinha como destino uma Associação local da luta contra o cancro.
Tudo sempre ideia delas.
Cada uma tinha um papel e a Matilde era a tesoureira.
No final reuniram 50.00€, que fizemos chegar à instituição escolhida.
No inicio do ano, a escola recebeu uma carta da instituição a agradecer e a sublinhar a importância do acto, com o nome de cada uma delas escrito. As miúdas receberam, cada uma, uma t-shirt de voluntário e tiraram uma foto com o professor, para ser publicada na news letter do Hospital.
Não consigo deixar de sentir um imenso orgulho nestas crianças, que com estes pequenos gestos nos fazem ter a certeza que é tão fácil fazer o bem e ajudar o outro.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Eleições
Espero votar pela primeira vez como emigrante nestas Presidenciais.
E ainda que no inicio tenha achado que eram candidatos a mais, conforme fui seguindo a campanha mudei a minha opinião. Achei de facto bastante positivo serem vários candidatos. Gostei dos debates que vi e do que fui lendo.
Claro que estar fora do país me dá uma maior oportunidade de escolher exactamente o que leio ou oiço.
Ainda assim acho que existem demasiadas "arruadas", irrita-me a constante necessidade de abraçar e beijar tanta gente, ir acenar à porta das escolas primárias durante a hora de intervalo e ver os miúdos todos a esticar as mãos à espera de tocar em alguém, os tantos e tantos almoços e a necessidade de cada candidato visitar em cada vila uma "tasca" para beber um copo!
Se vai ou não existir segunda volta, não me causa nenhum sentimento, pois seja já este fim de semana ou daqui a 3 semanas o próximo Presidente já é conhecido.
Partiu para esta campanha com uma enorme vantagem e de facto a única coisa que aconteceu e que se esperava, era que conforme a campanha fosse prosseguindo ele iria perdendo intenções de voto, num exemplo claro, de "ganha mais quem está calado"!
A boa notícia é que o Presidente vai mudar e isso é um alívio para qualquer português.
E ainda que no inicio tenha achado que eram candidatos a mais, conforme fui seguindo a campanha mudei a minha opinião. Achei de facto bastante positivo serem vários candidatos. Gostei dos debates que vi e do que fui lendo.
Claro que estar fora do país me dá uma maior oportunidade de escolher exactamente o que leio ou oiço.
Ainda assim acho que existem demasiadas "arruadas", irrita-me a constante necessidade de abraçar e beijar tanta gente, ir acenar à porta das escolas primárias durante a hora de intervalo e ver os miúdos todos a esticar as mãos à espera de tocar em alguém, os tantos e tantos almoços e a necessidade de cada candidato visitar em cada vila uma "tasca" para beber um copo!
Se vai ou não existir segunda volta, não me causa nenhum sentimento, pois seja já este fim de semana ou daqui a 3 semanas o próximo Presidente já é conhecido.
Partiu para esta campanha com uma enorme vantagem e de facto a única coisa que aconteceu e que se esperava, era que conforme a campanha fosse prosseguindo ele iria perdendo intenções de voto, num exemplo claro, de "ganha mais quem está calado"!
A boa notícia é que o Presidente vai mudar e isso é um alívio para qualquer português.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
esta casa sofre de uma doença
e nós desde que aqui entrámos temos tentado, que ela se recupere.
Mas está de facto difícil...
Este fim-de-semana a máquina de lavar roupa decidiu parar para todo o sempre. Não quer mais trabalhar.
Isto numa casa de 5 pessoas é uma crise!
Mas está de facto difícil...
Este fim-de-semana a máquina de lavar roupa decidiu parar para todo o sempre. Não quer mais trabalhar.
Isto numa casa de 5 pessoas é uma crise!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
o nosso Natal
As festas já passaram, eu sei.
Por aqui já está tudo arrumado.
Mas ainda assim temos que falar do nosso Natal.
Foi casa cheia. E que alegria.
As minhas miúdas estavam mesmo FELIZES. E tenho a certeza que até podia ter sido sem presentes que elas iam adorar na mesma.
Adoraram primeiro receber os avós, era tão giro chegar a casa e vê-las de facto felizes e a contar imensa coisa!
Depois chegaram os tios.
E de verdade que sinto que isto foi a melhor prenda de Natal que todos podíamos ter recebido, a alegria de um Natal cheio de família, aqui mesmo connosco!
No meio da minha constante agitação, as fotos ficaram em falta e com pena minha, não tiramos uma foto todos juntos, nas nossas "fatiotas" de Natal!
Ter a casa cheia fez-me querer ainda mais, fazer tudo mais rápido, mas no dia 25, tudo foi calmo e tranquilo e conseguimos todos desfrutar de uma bela tarde de cinema a ver "O Sozinho em Casa". As miúdas ainda nunca tinham visto e claro, adoraram. Depois disso já viram o 2 e o 3!!!
No meio disto tudo, as prendas foram claro fantásticas!!!
E eu tive a sorte imensa de ter tido um Natal super generoso, ganhei imensa coisa e todas me dão imenso jeito e são super giras!
E eu tive a sorte imensa de ter tido um Natal super generoso, ganhei imensa coisa e todas me dão imenso jeito e são super giras!
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
2015
Em todo o lado só vejo balanços positivos sobre 2015.
Eu tenho outra visão. Não consigo sentir que tenha sido um óptimo ano. Ainda que saiba que não me posso queixar de nada.
Foi um ano em que nada de mau aconteceu a ninguém próximo a mim.
Perdemos pessoas e custou-me estar longe nessas alturas, mas a verdade é que foram perdas em graça, foram 95 anos de vida!
Dos meus, muitos superaram problemas e dificuldades até, tendo sido um ano em que recomeçaram e que se sentem confiantes para o futuro.
Mas eu não consigo sentir que tenha sido um ano óptimo.
Eu sei que é difícil superar o que senti em 2013 um ano de mudança, e depois em 2014 em que cimentamos essa mudança.
Mas a verdade é que termino o ano com um sentimento que faltou algo.
A mudança da casa de facto contribuiu muito para este sentimento. Foi um grande desgaste e desde essa altura temos tido sempre mudanças.
O Jorge que mudou de trabalho, eu que comecei e acabei uma pequena experiência profissional.
Tenho a graça das miúdas não terem problema algum e na escola estarem bem integradas. Estarem a desenvolver inúmeras actividades.
Sinto ainda que neste ano tive de facto a oportunidade de cimentar estas novas amizades que fiz, nesta nova vida.
Tive a oportunidade de descobrir ainda mais esta ilha e viajámos imenso.
Recebemos mais um ano visitas, muitas visitas.
Viajei sozinha!
A minha mana também mudou a sua vida e assim passou a estar um pouco mais perto de mim.
No fim do ano também conseguimos resolver, ainda que não como gostaríamos, a situação da nossa casa em Portugal, o que esperemos venha a ser positivo em 2016.
A verdade é que não me posso queixar de 2015.
Mas que não o considero um bom ano.
Para mim é um ano de luta, de guerra iminente e esse sentimento desinquieta-me, incomoda-me.
Um ano de instabilidade mais uma vez.
E por isso quase que me irrita e me incomoda tantas listas e listinhas de coisas boas e positivas.
Certamente esta análise está directamente relacionada com o facto de reiniciar neste novo ano uma nova luta e de sentir que já são lutas em demasia, ainda que saiba que no fim tudo irá correr de forma correcta e positiva.
Enfim que 2016 possa ser pacificador e que no fim possa sentir que somei mais...
Eu tenho outra visão. Não consigo sentir que tenha sido um óptimo ano. Ainda que saiba que não me posso queixar de nada.
Foi um ano em que nada de mau aconteceu a ninguém próximo a mim.
Perdemos pessoas e custou-me estar longe nessas alturas, mas a verdade é que foram perdas em graça, foram 95 anos de vida!
Dos meus, muitos superaram problemas e dificuldades até, tendo sido um ano em que recomeçaram e que se sentem confiantes para o futuro.
Mas eu não consigo sentir que tenha sido um ano óptimo.
Eu sei que é difícil superar o que senti em 2013 um ano de mudança, e depois em 2014 em que cimentamos essa mudança.
Mas a verdade é que termino o ano com um sentimento que faltou algo.
A mudança da casa de facto contribuiu muito para este sentimento. Foi um grande desgaste e desde essa altura temos tido sempre mudanças.
O Jorge que mudou de trabalho, eu que comecei e acabei uma pequena experiência profissional.
Tenho a graça das miúdas não terem problema algum e na escola estarem bem integradas. Estarem a desenvolver inúmeras actividades.
Sinto ainda que neste ano tive de facto a oportunidade de cimentar estas novas amizades que fiz, nesta nova vida.
Tive a oportunidade de descobrir ainda mais esta ilha e viajámos imenso.
Recebemos mais um ano visitas, muitas visitas.
Viajei sozinha!
A minha mana também mudou a sua vida e assim passou a estar um pouco mais perto de mim.
No fim do ano também conseguimos resolver, ainda que não como gostaríamos, a situação da nossa casa em Portugal, o que esperemos venha a ser positivo em 2016.
A verdade é que não me posso queixar de 2015.
Mas que não o considero um bom ano.
Para mim é um ano de luta, de guerra iminente e esse sentimento desinquieta-me, incomoda-me.
Um ano de instabilidade mais uma vez.
E por isso quase que me irrita e me incomoda tantas listas e listinhas de coisas boas e positivas.
Certamente esta análise está directamente relacionada com o facto de reiniciar neste novo ano uma nova luta e de sentir que já são lutas em demasia, ainda que saiba que no fim tudo irá correr de forma correcta e positiva.
Enfim que 2016 possa ser pacificador e que no fim possa sentir que somei mais...
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
entrar na rotina... ou não
Ontem acordamos de manhã. Os despertadores tocaram, levantámos-nos e seguiu-se toda a azáfama de um dia normal. Por normal entenda-se voltar para a escola.
Ao sairmos de casa achei logo que estava tudo muito parado.
Ao subir a estrada nem um carro... o que perto da escola é do mais estranho possível.
A Mariana colocou a hipótese de ser Domingo, mas isso eu sabia que não era!
Ora a realidade é que a escola só reabre amanhã, mas no meio de tantas tarefas eu meti na minha cabeça que a escola abria Segunda-feira e nunca falei com ninguém sobre isso ou sequer consultei o calendário escolar!
Tivemos mais dois dias de férias!
Elas ficaram deliciadas... eu confesso que fiquei um bocadinho em pânico.
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