terça-feira, 28 de maio de 2013

A Irlanda



Por norma a maioria das pessoas quando visita um pais quer conhecer os monumentos, os teatros, os jardins e todas as riquezas anunciadas nas brochuras turísticas. Eu contrario essa regra, por defeito profissional, ou mesmo por interesse individual, eu quero é conhecer as pessoas. Andar na rua e perceber os seus hábitos, conversar com quem se senta ao meu lado no metro, ou no comboio. Meter conversa com o recepcionista do hotel, ou com o empregado de qualquer loja ou restaurante.

E basicamente foi isso que fiz nos dois dias que estive na Irlanda.

O verde da sua paisagem inunda qualquer pessoa e os tons bucólicos, assim como a arquitectura  rupestre também não deixam ninguém indiferente.

De tudo o que vi adorei, o ordenamento das ruas, a recuperação, cuidado e uso dos edifícios, a limpeza e utilidade dos meios e caminhos.

Mas de facto o que mais me surpreendeu foi o número de crianças. De facto é notória nas ruas que existem lá mais crianças que cá. Não são precisos os números para verificarmos essa realidade e por isso os parques infantis abundam e as escolas também.
Certamente não é perfeito e existe um número muito grande de pessoas descontente. A taxa de desemprego lá como aqui também disparou, os impostos aumentaram, muitas decisões governamentais são também elas questionáveis e tudo isto, ou ainda outros factores, conduzem ao descontentamento das pessoas.
As casas lá são muito mais caras, numa relação de mais do dobro do custo das nossas e numa qualidade de construção, por nós considerada inferior (aquilo a que chamamos casas de papelão), as creches para as crianças situam-se nos 1000€ por mês, o custo da electricidade e dos combustíveis também são superiores.
E muitas pessoas que se encontravam em situações profissionais estáveis e até mesmo em crescimento viram a sua vida invertida e neste momento tiveram também elas que mudar em muito os seus hábitos.

No entanto e apesar de tudo isto não existe uma alteração significativa, nem nos números de emigrantes, nem nenhum descréscimo na taxa de natalidade. O que por cá continua sistematicamente o primeiro a aumentar e o segundo a diminuir..

Pensar em cruzar um Oceano não é para mim uma decisão fácil, mas acredito que seja uma decisão com rumo a um futuro melhor.
A Irlanda é um país onde existe um claro investimento nas áreas de tecnologia, e se alguma coisa aprendemos nestes últimos anos, é que esta será uma área em que dificilmente conheceremos os limites do crescimento.
É um pais que se preocupa com as suas crianças e quer que as famílias tenham crianças.
É um país de tradições.

De certeza que não é perfeito e de certeza que irei relatar imensas contrariedades, desilusões e angústias, mas no fim o que queremos é que as alegrias e felicidades sejam superiores.





Sem comentários: