Esta campanha, pode não de servir de muito. Até porque estamos em crise e se até aqui não se fez nada, daqui para a frente, mais difícil dizem ser.
Mas com 3 filhas, percebi exactamente a frase aqui apoiada, 1 filho vale 1.
Nos filhos nós somamos. Mas nas contas e impostos, o Estado conta com os titulares de rendimentos, independentemente do casal ter 1, 2, 3 ou nenhum filho.
Já muitas vezes contei e falei, de que descobri isso, não quando tive a minha 1ª filha, mas sim quando tive as seguintes.
Em diversas oportunidades já comentei que passei a compreender as questões financeiras relacionadas ao número de filhos.
Até hoje posso dizer que nunca beneficiei de nenhuma regalia fiscal por o meu agregado ter passado de 3 elementos para 5.
Por todos estes motivos e muitos outros, que muitas vezes me fazem questionar as decisões políticas do nosso pais, eu assinei.
Porque para mim cada uma das minhas filhas vale algo que não é possível ser medido em números. Mas pelo menos para o meu pais a minha família, devia valer por 3 filhos.
ENQUADRAMENTO
Como todos sabemos, Portugal está a envelhecer a um ritmo preocupante. Desde há 30 anos
que não conseguimos assegurar a renovação das gerações! Nascem cada vez menos crianças e
estamos a caminho de ser o 2º país mais envelhecido do mundo, superado apenas pela Bósnia!
Os estudos sobre pobreza em Portugal mostram que as famílias com filhos são as que têm
maiores índices de pobreza e as crianças são o grupo etário que sofre de maior privação.
O Estado considera as crianças como cidadãos mas, muitas vezes, ignora a sua existência ou
considera‐as como uma percentagem variável. Vejamos o que se passa em vários domínios:
• Taxa do IRS – cada filho vale zero;
• Deduções personalizantes do IRS – cada filho vale cerca de 75%;
• Deduções de educação, saúde,…(entre os 3º e 6º escalão do IRS) – cada filho vale 10%;
• Abono de família – cada filho vale meia pessoa – 50%;
• Taxas moderadoras – cada filho vale 0;
• Passe Social Mais ‐ cada filho vale 25%.
Estas situações revestem‐se de uma enorme injustiça e acarretam ao país graves
consequências, pois comprometem o crescimento económico e a coesão social,
nomeadamente, a sustentabilidade da segurança social e do sistema de saúde.
Quando se olha para o rendimento é justo não esquecer quantas pessoas esse rendimento
alimenta e veste. Será que esse rendimento sustenta 2 pessoas? Ou sustentará 3 (pai + mãe +
1 filho), ou 4 (pai+ mãe + 2 filhos), ou 5 (pai + mãe + 3 filhos) ou muitas mais? Justo seria que o
rendimento da família fosse avaliado em função do número de pessoas que sustenta. Ou seja,
que fosse dividido pelo número de elementos da família! Isso sim, seria justo.
É por essa razão que um grupo de cidadãos e organizações se juntou para lançar o Manifesto
“UM FILHO VALE UM” cujo texto se segue.
MANIFESTO “UM FILHO VALE UM”
Todos os dias a sociedade pede mais às famílias. Mais impostos. Mais tempo. Mais
responsabilidade e dedicação.
Afinal as famílias são aquela estrutura que está sempre lá. Conta‐se com ela para o dia‐a‐dia e
para os momentos extraordinários. É a solidez das famílias que confere resiliência às
sociedades. E o que distingue muitas vezes uma crise de uma catástrofe é apenas a existência
de redes familiares suficientemente fortes e funcionais para absorverem e reagirem aos
diversos problemas e desafios que marcam cada geração.
Mas para que as famílias possam cumprir a sua missão é preciso darmos‐lhes condições para
que possam resistir, crescer e ter os filhos que desejam. Se a decisão de ter filhos for feita com
verdadeira liberdade e responsabilidade, teremos mais crescimento económico, mais
capacidade de pagar melhores reformas, saúde e educação.
O nascimento de um filho representa um momento muito especial. Para os pais, um filho tem
um valor incomensurável, valerá sempre muito mais do que um. Verdadeiramente o seu valor
é tanto que não é possível contabilizá‐lo. Sempre assim foi e assim continua a ser. O nosso
manifesto, porém, não exige tanto. Pede apenas que cada filho possa ser visto e considerado
como aquilo que é: um filho. Um filho tem de valer um!
O Estado reconhece as crianças como cidadãos mas, muitas vezes, ignora a sua existência ou
considera‐as como uma percentagem variável. Esse equívoco deve ser corrigido. Essa injustiça
tem de ser reparada. A capitação dos rendimentos familiares para efeitos fiscais e de acesso
aos serviços sociais deve ser a regra. Para os pais um filho vale tudo. Para o Estado um filho
deve valer um.
Deixo aqui o manifesto, no seu texto, não no PDF, porque pode ser que assim mais leiam :)
4 comentários:
Muito interessante... entretanto fui ao link: http://www.umfilhovaleum.org/queroapoiar.php e a página está expirada mas o site www.umfilhovaleum.org está a funcionar e já tem uns belos de uns apoios...
Obg pela chamada de atenção.
Actualizei o link. Ontem funcionou, pois ontem foi quando assinei :)
Mas muito Obrigada :)
Subscrevo e divulgo!
vidademulheraos40.blogspot.com
Subscrevo e divulgo!
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