Quando soube que estava grávida de gémeos e apesar de nunca me ter ocorrido nada para além da realidade que se deparava: vou ter + dois filhos! Não fiz contas com nenhum tipo de apoios.
Claro, que nunca o fiz!
E conhecendo bem a zona onde resido, e porque vivemos aqui por opção, nunca pensei usufruir de grandes apoios ou ajudas.
Mas bolas!
As minhas filhas nasceram no ano 2008.
Ano sobre o qual não tive qualquer aumento, os meus descontos para IRS, já quase que se igualam aos da SS... e desde então o que é que beneficiei por passar a ser considerada Uma Família Numerosa?
Efectivamente no ano 2009 quando voltei ao trabalho passei a descontar menos 1% para IRS, que este ano e com a actualização das tabelas e as constantes não actualizações salariais, voltei a descontar o mesmo que descontava em 2008, tendo na altura somente 1 dependente.
Quando pensei que a prestação da casa mudaria uma vez que eram mais dois dependentes, o Sr. explicou-me no banco o como eu estava enganada.
Pela 1ª vez, beneficiei de um subsídio próprio para quem tem mais do que um filho... a majoração no abono de família.
Ora e dado que eu até tive mais dois... eram duas que recebiam a dobrar! Bem digo recebiam! Pois apesar de esta lei vigorar após o 1º ano completo do 2º filho e até o mesmo completar 3 anos, e apesar delas ainda só terem completado 2 anos... acabou...
Acabou porque existem sacrifícios que as gerações futuras vão ter de fazer, quer trabalhem, ou não e como já se está a antever que muitos deles não vão trabalhar, pagam já!
Para melhorar o meu quadro, tentei inscrever as minhas piolhas num jardim-de-infância Cooperativo, por forma a ter comparticipação do Estado (uma vez que elas vão ser duas!!!) e a resposta que me deram, a um ano de iniciar o ano lectivo 2011/2012 foi:
"Não vamos ter vagas"!
Alguém me pode explicar como é que eu continuo a acreditar que ter filhos não é de facto uma decisão económica/financeira?
Acreditem que tudo isto me tem custado imenso.
Nunca esperei muito... mas existem pequenas coisas que sempre considerei que seriam garantidas!
E assim continua a Matilde a fazer a pergunta: "Ó mãe mas quando é que tu deixas de trabalhar no teu trabalho e vens trabalhar aqui para casa!?"
1 comentário:
eu não quero pensar nisso... não posso... não é altura para me deprimir... (se bem que não é nada fácil!) as contas que fizemos estão a ir por água abaixo...
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