O livro que vou lendo, (apesar de ser fácil leitura, ainda o vou lendo, pois o tempo que me sobra para ler não é muito e no comboio acabo por não aproveitar, para poder por a conversa em dia com as minha companheiras de viagem!) apresenta relatos, desabafos, de um sem fim de mulheres, que procuram e se preocupam com a perfeição.
Nem sempre uma perfeição planeada e desenhada com muitos "rococós", por vezes simplesmente a perfeição, que quase inconscientemente, achamos ser capazes!
Tudo isto é mais fácil de espelhar numa família, pois é aí que os nossos limites, princípios e tudo o mais são testados. É aí que se vê realmente aquilo a que damos valor!
Quantas e quantas vezes olhamos para uma amiga, prima, tia ou qualquer outro tipo e em vez de entendermos a luta diária que cada uma delas certamente trava, limitamos nos a julgar e a apreciar que com toda a certeza faríamos melhor. Nós mulheres temos esta capacidade... a de por muito que se leia, se converse ou se escute, achamos sempre que nós vamos ser capazes de fazer Diferente. E este diferente é claro: Melhor.
Esta é a base da nossa exigência, exigimos porque não queremos nós próprias ser julgadas, porque um sem fim de vezes juramos que íamos ser capazes de fazer diferente. E vivemos tantas vezes em lutas interiores, sozinhas desmedidamente na ânsia de calar a voz que só nós ouvimos cá dentro.
E foi por tudo isto e muito, muito mais que não se consegue ás vezes com a clareza necessária por em palavras, que adorei o 1º texto do livro, do qual deixo só um pouquinho.
"Juro ter os meus filhos penteados, limpos, bem vestidos, unhas cortadas, vacinas a tempo. Juro brincar com eles, ser uma mãe divertida, não andar em cima deles, ter vida própria. Juro garantir que aprendem e fazem os trabalhos de casa..."
... e mais um sem fim delas.