Talvez não tenha ido a todos, talvez algumas vezes tenha achado que era demasiado complicado o dia, a disposição, sei lá!
Mas nos últimos anos não faltei a nenhum, e não faltei porque a verdade é que nos últimos anos redescobri estes meus amigos de sempre, que sempre o foram, com os quais sempre soube poder contar e com os quais sempre contei. Mas a vida ás vezes vai nos mostrando tanta coisa e nós vamos descobrindo mais tanta, que os que nos são mais certos, damos por garantidos e por isso mesmo não cuidamos devidamente deles.
E depois a verdade é que a minha vida girava em volta da minha paróquia e voltamos muitos de nós a cruzarmos nos exactamente em volta dela.
Os miúdos juntos na catequese, nos escuteiros, grupos de oração...
Em cada ano passou a ser tradição o jantar de Natal e de facto foi perdendo pelo caminho alguns, e este ano perde-me a mim e ao Jorge.
Já falei tanto, já escrevi tanto sobre estes meus amigos, mas a verdade é que o meu coração está pequenino, porque sei que vão estar juntinhos e eu aqui longe...
Amigos de uma vida que de repente sentimos ter interrompido, sentimos ter rasgado, ter virado.
Mas sem sabermos como ou porquê, sabemos também que são de facto amigos para sempre, porque estão em nós, fazem parte de nós, são bocadinhos da nossa vida.
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