segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

E hoje dia 23

tenho o peito cheio, uma imensa vontade de chorar, mas nem isso consigo.
O Natal está a chegar e por isso dói um pouco mais esta distância.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Festa de Natal (da empresa do pai)

Ambiente super descontraído.
Tudo pensado e programado.

Um Pai Natal delicioso e muita animação :)





segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Amigos para sempre

Tinham me dado isto. Li na altura gostei, sorri... agora parece que já passou tanto tempo e hoje volto a cruzar-me com este texto e hoje faz tanto mais sentido :)


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Músicas de Emigrante



O que prova que de facto existe uma nova onda de emigração no nosso país é o lançamento da música de Pedro Abrunhosa na tentativa de acompanhar os que partem.

Dantes ouvíamos a música "pimba", popular e que nos fazia saltar as lágrimas dos olhos, agora temos esta versão mais contemporânea.
No entanto a história é sempre a mesma e conforme vamos conhecendo quem tal como nós partiu, descobrimos e confirmamos que a vontade de regressar está lá sempre, como sonho, como desejo... mas sempre o sentimento de termos a nossa terra longe.



Jantar GJBB

Talvez não tenha ido a todos, talvez algumas vezes tenha achado que era demasiado complicado o dia, a disposição, sei lá!
Mas nos últimos anos não faltei a nenhum, e não faltei porque a verdade é que nos últimos anos redescobri estes meus amigos de sempre, que sempre o foram, com os quais sempre soube poder contar e com os quais sempre contei. Mas a vida ás vezes vai nos mostrando tanta coisa e nós vamos descobrindo mais tanta, que os que nos são mais certos, damos por garantidos e por isso mesmo não cuidamos devidamente deles.
E depois a verdade é que a minha vida girava em volta da minha paróquia e voltamos muitos de nós a cruzarmos nos exactamente em volta dela.
Os miúdos juntos na catequese, nos escuteiros, grupos de oração... 
Em cada ano passou a ser tradição o jantar de Natal e de facto foi perdendo pelo caminho alguns, e este ano perde-me a mim e ao Jorge.
Já falei tanto, já escrevi tanto sobre estes meus amigos, mas a verdade é que o meu coração está pequenino, porque sei que vão estar juntinhos e eu aqui longe...

Amigos de uma vida que de repente sentimos ter interrompido, sentimos ter rasgado, ter virado.
Mas sem sabermos como ou porquê, sabemos também que são de facto amigos para sempre, porque estão em nós, fazem parte de nós, são bocadinhos da nossa vida.


Hoje em particular lembro-me de vocês e sinto vos a falta, como se de facto pudesse estar sem um pedaço meu, porque ele está aí com vocês.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Tarefas

Sim, tenho sempre muitas. É verdade consigo manter os meus dias ocupados e desde que cheguei à Irlanda e apesar de não estar a trabalhar, posso garantir que nunca passei uma manhã ou uma tarde sequer  sentada no sofá.
A verdade é que tenho 3 filhas e toda a sua logística consegue-me manter ocupada (a mim e acho que a qualquer outra mãe).
E por isso o tempo que me sobra é sempre pouco.
Mas tem sido fantástico, porque de facto tenho acompanhado as minhas 3 filhas em tudo, tenho-as ajudado (ou ás vezes não) com todas as tarefas e tenho visto de perto o desenvolvimento delas em cada actividade.
A sensação que me dá, é que socialmente em Portugal ficar em casa é para quem não faz, ou não quer fazer, nada. Aqui é normal e é normal as mães dizerem na mesma umas ás outras que não conseguem dar conta de tudo... mas lá está aqui o normal é ainda ter filhos e muitos... talvez resida aí a diferença na percepção de tempo!

Ainda assim não consigo ficar indiferente aos inúmeros comentários maliciosos que vou ouvindo, do tipo: "pois tu nunca tens tempo", "parece que andas sempre ocupada!", "não sei como é que com tão pouco tempo aí já fazes tanta coisa!".
Não sou, nem nunca fui pessoa de ficar parada, também nunca fui menina de café ou de andar metida na casa das outras pessoas, até porque por norma gosto de passar tempo na minha (onde lá está tenho sempre tanta coisa para fazer!), a verdade é que gosto de fazer coisas, de me fazer útil, de me sentir útil, porque o tempo deve de facto ser vivido, não devemos simplesmente ficar à espera que ele passe.
E dado que se não fizermos nada o tempo passa na mesma, eu acho que mais vale ir fazendo alguma coisinha!!!

Quem me lê pode achar este desabafo demasiado óbvio porque me conhece, mas ás vezes para não Gritar para o alto, escrevo aqui... pode ser que ajude!





terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Festas

Hoje foi a "peça" de Natal das mais novas na escola.
E lá fui eu, toda equipada, arranjei-me (o que por estes dias é muito mais raro!), carreguei a máquina fotográfica e a minha mala em direcção à escola.
Quando lá cheguei faltava pouco para começar e a sala estava literalmente inundada.
Depois de identificar as minhas filhas no meio de todas as caras lindas devidamente alinhadas e formalmente fardadas, descobri que a Mariana chorava. Após alguns minutos a sorrir, a fazer adeus e a dar sinais de apoio e aprovação, olhei para a enorme quantidade de pessoas que me separavam da minha filha e pensei: "vai ser impossível chegar até ela", mas lá fui eu tentar. Fui pedindo desculpa, com licença e cada vez que explicava que queria chegar à frente porque tinha uma filha a chorar as pessoas simplesmente desviavam-se, já à frente, mesmo à frente, uma das funcionárias deu-me a minha menina, para eu lhe limpar as lágrimas e tentar resolver o que para ela era impossível. Lá conseguimos um entendimento e foi mesmo a tempo de voltar para o seu lugar e cantar a última canção.
Dado que a peça durou cerca de 20 minutos, certamente é fácil perceber que pouco vi, percebi, ou sequer fotografei.

Eu que desde sempre me queixo das festas das escolas que demoram eternidades, hoje estive numa que literalmente durou uma "birra"!!!

É de facto extraordinário ver a eficácia com que estes eventos são efectuados aqui, mas a mim hoje soube-me a pouco.
Pode ser que possa compensar no concerto da mana mais velha.

A foto possível à mana "indignada ".

As duas já em casa, no seu estado natural!




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sempre às voltas com as loucas saudades

Quando se deixa muito para trás vive-se com o coração sempre carregado.
Vivemos com uma lágrima sempre pronta a sair, com um sorriso rasgado à espera de cúmplice  e procuramos o abraço ou a simples palmadinha.
Passa a ser assim que se vive num novo país.

No meio de tudo isto descobrimos que as novas formas de comunicação suavizam o tormento de estar longe dos nossos. Cada partilha, cada chamada, cada conversa mesmo que escrita passa a parecer muito mais real.
Por isso dói quando, por sermos distraídos, descuidados ou desmiolados perdemos a oportunidade de ver os nossos, de os ouvir e quase parecer que os tocamos.
Dói tanto, que ainda dói hoje.
Os nossos, estão nas nossas raízes, são as nossas entranhas e por mais razões que existam... são mesmo sempre os nossos.