sexta-feira, 9 de outubro de 2015

a memória

Já moro aqui à dois anos.
O que significa que começa a ser natural viver e interagir neste sítio.
Quando penso, falo, planeio é já natural integrar tudo neste contexto.

Neste sentido, ultimamente tenho experienciado algo novo. A procura constante para trazer para esta realidade, tudo o que até aqui conheci. Ou seja, dou por mim inúmeras vezes a associar caras a pessoas que ocuparam a minha vida e o meu dia a dia em Portugal. Ruas que considero iguais, ou parecidas, com outras que já percorri. Igrejas com imagens iguais e muitos outro exemplos.

Por isso, ontem ao sair do metro, vi ao longe uma carrinha de trabalho branca. E ainda que todos à minha volta tivessem passado a estrada para o outro lado, eu fiquei parada à espera da dita carrinha.
É que naquele momento eu esperava ver o meu pai ao volante e queria dizer-lhe adeus, como disse tantas e tantas vezes.
Era isso que eu fazia sempre que via a carrinha do meu pai, parava e acenava!
E ontem por menos de um minuto certamente, o meu cérebro acreditou que era ele que ali vinha, ignorando que nunca por estas terras isso aconteceu!

A verdade é que eu estava a caminho de casa, a passar uma estrada de acesso à minha nova localidade e uma carrinha branca de trabalho ia a passar...


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