quinta-feira, 16 de abril de 2015

ainda a família

A base de qualquer família, numa visão tradicional é a figura da mãe e do pai. são estas as duas figuras que sustentam o inicio de um novo núcleo familiar, no seio de um conceito mais alargado de família.

Nas notícias que me vão chegando de Portugal de gente querida que guardo no coração, existem alguns casos de famílias que acabaram. Ou seja neste espaço de tempo que aqui estou existem famílias que deixaram de estar juntas na concepção tradicional.
E cada nova notícia destas dói me imenso.
Atenção independentemente da minha concepção católica, enquanto ser humano tenho consciência que nem sempre conseguimos viver de acordo com uma decisão e que pode acontecer um casal ter que se separar. Até aqui digamos que nada contra.

Mas muitas vezes assusta-me a aparente "facilidade" com que se destrói um projecto de vida que implica logo na sua génese outros. Assusta-me que existam casais que se separam e em 6 meses divorciam-se, regulam o poder parental, mudam de casa, de terra de tudo.
Assusta-me que se possam começar relações exactamente com o principio base de "se não correr bem, logo se vê"!!!

Já testemunhei, infelizmente, dramas verdadeiros de pessoas que têm que decidir separar-se. Digo dramas, porque são decisões que doeram muito aos que as tomaram. Pessoas, que em alguns casos foram contra os seus valores e aquilo em que acreditam porque de facto não conseguiam ser felizes na relação com o outro.
E vi o difícil que foi e sei que ainda hoje e algumas com as vidas refeitas, guardam aquele sentimento de falha, de desilusão delas próprias.

Custa-me esta nova maneira de muitos viverem que não conseguem equacionar esperas, que não conseguem  sequer pedir ajuda. Muitas vezes todas estas decisões "repentinas" de mudar tudo, tomam-se à porta fechada, dentro de 4 paredes.
Quando casamos convidamos "meio mundo" para festejar, quando sofremos escondemos e não conseguimos falar com ninguém, pedir ajuda, pedir conselho.

Lembro-me bem mais nova de ter testemunhado um divórcio estranhissimo, em que o casal com filhos, viveu junto mais de 10 anos e quando decidiu separar-se só o comunicou no dia em que assinou os papeis do divórcio. Lembro-me de se contar "foi tudo pacifico e educado"... e eu pensar, mas não devia ser... é uma dor, é uma quebra, é uma batalha... devia ser tudo menos pacifico, devia ser tudo menos silencioso!!!

Enfim...

Sorte esta que eu tenho de continuar a acreditar que é possível viver a sentir amor, graça, esperança, raiva, zanga sem esconder ao mundo!


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